WeWork, startup que tem operações no Brasil, pede recuperação judicial nos EUA

WeWork, startup que tem operações no Brasil, pede recuperação judicial nos EUA

Companhia de espaços de coworking pede à Justiça suspensão das dívidas e tempo para elaborar plano para pagar credores enquanto continua operando

A startup americana de espaços de trabalho colaborativo WeWork, que tem operações no Brasil, entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, marcando um novo abalo na companhia, que vinha tentando com dificuldades se recuperar do baque provocado pela pandemia.

A empresa de coworking, que é sediada em Nova York, listou ativos e passivos na faixa de US$ 10 bilhões a US$ 50 bilhões em uma petição de falência apresentada à Justiça de Nova Jersey no âmbito do chamado Capítulo 11, que seria no Brasil o equivalente a um pedido de recuperação judicial. O pedido permite que a WeWork continue operando enquanto elabora um plano para pagar suas dívidas.

A companhia havia conseguido reestruturar a sua dívida em um acordo com credores no início deste ano, mas rapidamente voltou a experimentar dificuldades financeiras. As ações começaram a cair com os rumores e relatórios de bancos que apontavam sua provável falência.

Na semana passada, as ações da WeWork desabaram mais de 40% nas negociações de pré-mercado após a notícia de que a empresa poderia entrar com pedido de recuperação judicial ser publicada no jornal The Wall Street Journal.

Em agosto, a empresa admitiu que havia “dúvidas substanciais” sobre sua capacidade de continuar operando. Semanas depois, informou que renegociaria em breve todos os seus aluguéis e fecharia espaços em localidades que estavam com baixo desempenho financeiro.

A presença imobiliária da WeWork chegou a 777 unidades em 39 países, incluindo o Brasil, segundo dados de Junho, os mais recentes da companhia. A ocupação dos espaços estava nos níveis de 2019, pré-pandemia, mas a empresa se manteve acumulando prejuízos.

A empresa tem capital aberto em bolsa nos EUA desde 2021. Dois anos depois, uma crise levantou dúvidas entre investidores sobre a governança da companhia, levando o fundador Adam Neumann a renunciar ao cargo de CEO. Isso provocou a primeira queda dramática de valor de mercado da companhia.

Outras empresas do setor de espaços de trabalho para empresas também entraram em dificuldades após a mudança nos hábitos profissionais após a pandemia.


Fonte: O GLOBO

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