Acusações apontam que Allison Fluke-Ekren, de 42 anos, teria treinado mulheres e crianças no uso de rifles automáticos e granadas
Porto Velho, RO - Acusada de terrorismo, a americana Allison Fluke-Ekren, de 42 anos, admitiu nesta terça-feira ter treinado um esquadrão feminino do Estado Islâmico, na Síria. Ela é julgada em um tribunal federal de Alexandria, na Virginia.
As tarefas de Allison no grupo extremista envolviam o treinamento de mulheres e crianças no uso de armas como rifles AK-47 e granadas, segundo os promotores responsáveis pela acusação. Ela negou no julgamento que tenha treinado crianças.
Antes de se juntar ao grupo terrorista, Allison Fluke-Ekren era estudante de biologia e professora. Seus familiares pediram ao tribunal que não permitissem à mulher que entrasse em contato com eles.
Se for declarada culpada, ela pode ser condenada a 20 anos de prisão. De acordo com o jornal britânico "The Guardian", Allison teria deixado os Estados Unidos em 2008 e se mudado com a família para o Egito. Desde 2011 ela não teria retornado ao país natal.
Natural do estado do Kansas, ela teria começado seu envolvimento com o grupo terrorista em 2014. Entre suas atividades estariam recrutar membros que aceitassem participar de um ataque terrorista a uma universidade americana e atuar como líder do Khatiba Nusaybah, batalhão inteiramente feminino do Estado Islâmico.
O batalhão feminino comandado por Allison teria surgido pouco antes do cerco a cidade síria de Raqqa, em 2017, e teria como objetivo ensinar a mulheres casadas com membros do Estado Islâmico a se defenderem de inimigos.
A denúncia foi baseada em depoimentos de seis testemunhas. Uma delas afirmou que Allison Fluke-Ekren teria dito planejar deixar um carro com explosivos dentro da garagem de um shopping e detoná-lo a distância.
"Fluke-Ekren supostamente considerava que qualquer ataque que não matasse um grande número de indivíduos era um desperdício de recursos. Conforme alegado pela mesma testemunha, Fluke-Ekren, ao ouvir sobre ataques em países fora dos Estados Unidos, comentaria que desejava que o ataque ocorresse em solo dos EUA", afirmou o Departamento de Justiça americano em nota.
Fonte: O GLOBO