'Agora tenho medo que alguém atire em mim', diz aluno que testemunhou ataque no Texas

'Agora tenho medo que alguém atire em mim', diz aluno que testemunhou ataque no Texas

Edward Timothy Silva, estudante do segundo ano, achou que estava seguro porque havia participado de treinamento para tiroteios

Porto Velho, RO -
Três dias após a morte de 21 pessoas no ataque a tiros em uma escola no Texas, Estados Unidos, os sobreviventes ainda tentam digerir o trauma que viveram e encarar o luto na pequena cidade de Uvalde. 

Edward Timothy Silva, de oito anos, aluno do segundo ano da Robb Elementary School, estava numa sala próxima da classe escolhida como alvo do atirador Salvador Ramos, de 18 anos. Ele descreve que ouviu "barulhos altos" e “uma espécie de fogos de artifício".

Em entrevista à CNN, ele conta que uma funcionária da escola pediu para ele e seus colegas se esconderem, enquanto as luzes da sala foram apagadas.

— Soube que estávamos fazendo um treinamento real. Porque nós praticamos muito. Achoei que estávamos seguros porque praticamos — disse Edward, acrescentando que ele começou a aprender esses exercícios no jardim de infância e que ouviu alguns colegas na sala chorando.

— Eu estava orando, pensando 'Por que isso está acontecendo?' — descreveu o menino.

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Mais tarde, ele e os colegas "saíram correndo da sala de aula". Questionado do que ele tem medo agora, Edward disse:

— Eu tenho medo de armas agora porque tenho medo que alguém atirar em mim — afirmou o menino.

Ao ouvir essa frase, a mãe dele começou a chorar. Amberlynn Diaz disse que foi a primeira vez que ela ouviu o filho dizer isso.

— Isso parte meu coração. Ele estava me perguntando se tem que ir para a escola no próximo ano. E eu não quero que ele tenha medo da escola. Quero que ele continue aprendendo, quero que ele tenha uma vida normal novamente — ressalta Amberlynn.

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Ação da polícia

O atirador do Texas ficou dentro da escola por cerca de uma hora antes de ser morto por agentes da Patrulha de Fronteira, disseram autoridades, enquanto parentes reclamam do que apontam como demora das forças de segurança para responder ao crime. Há relatos conflitantes sobre o que aconteceu antes de o atirador entrar no prédio e como a polícia agiu do lado de fora e como procurou detê-lo.

Os primeiros relatos de um homem armado se aproximando da escola apareceram por volta das 11h30 de terça-feira. Pouco depois das 13h, foi confirmada a morte do jovem de 18 anos, após ser baleado dentro de uma sala de aula. Autoridades disseram que os policiais no local foram capazes de “conter” com sucesso o atirador até que mais policiais com treinamento especial pudessem chegar.

A testemunha ocular Juan Carranza disse à agência Associated Press, porém, que mulheres gritaram com os policiais para "entrar lá". Mas o jovem de 24 anos, que estava do lado de fora da Robb Elementary School enquanto o massacre acontecia, disse que a polícia não entrou. Cazares, cuja filha foi morta no ataque, disse à agência de notícias que cogitou tentar entrar juntamente com outras pessoas porque a polícia "não fazia nada".


Fonte: O GLOBO

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