
A DÚVIDA CRUEL DE MARCOS ROCHA
Porto Velho, RO - O relógio da política rondoniense voltou a fazer aquele tic-tac barulhento que antecede grandes decisões. No centro do tabuleiro está o governador Marcos Rocha, diante de uma encruzilhada clássica da vida pública: renunciar para disputar o Senado ou permanecer no cargo até o fim do mandato.
A pergunta que ecoa nos bastidores, nas rodas de café e nos grupos de WhatsApp é simples, direta e cheia de suspense: serão 111 dias ou 382 dias de governo Marcos Rocha?
111 dias: o caminho do Senado Federal
Se Marcos Rocha decidir disputar uma das duas vagas ao Senado Federal, ele precisará renunciar ao cargo até 4 de abril de 2026, prazo final de desincompatibilização exigido pela legislação eleitoral.
A partir de hoje, 14 de dezembro de 2025, isso significa que restam apenas 111 dias para o encerramento antecipado de seu governo.
Essa escolha não mexe apenas com o Palácio Rio Madeira. Ela reposiciona todo o xadrez político de Rondônia para as eleições de 2026.
Efeito dominó político
A saída de Marcos Rocha abriria espaço para que nomes próximos ao governador também entrem no jogo eleitoral:
Luana Rocha, secretária da SEAS e esposa do governador, como pré-candidata à Câmara Federal;
Sandro Rocha, diretor-geral do Detran/RO e irmão do governador, como pré-candidato à Assembleia Legislativa de Rondônia.
Todos com um destino partidário bem definido: o PSD.
382 dias: governo até o último suspiro
Caso Marcos Rocha opte por não disputar o Senado, ele seguirá no cargo até 31 de dezembro de 2026, encerrando o mandato dentro do prazo constitucional.
Nesse cenário, faltam 382 dias para o fim do governo.
Aqui, o governador manteria a caneta na mão, o leme firme e o discurso de continuidade — uma escolha tradicional, à moda antiga, respeitando o tempo completo do mandato.
O PSD no centro da articulação política
Independentemente da decisão final, uma coisa já é clara como sol do meio-dia: o PSD se movimenta com força total em Rondônia.
O partido é comandado no estado pelo ex-senador Expedito Júnior e tem como pré-candidato ao governo o prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD), que surge com grande força no interior e articulação crescente na capital.
Chapa robusta para a Câmara Federal
O PSD trabalha uma nominata forte, com nomes de peso e capilaridade eleitoral:
01-Luana Rocha (SEAS)
02-Expedito Júnior
03-Juliana Fúria (primeira-dama de Cacoal)
04-Jaqueline Cassol (ex-deputada federal)
05-Jesualdo Pires (ex-prefeito de Ji-Paraná)
06-Luiz Cláudio (presidente da Emater)
07-Pastor Ivanildo (vereador de Porto Velho)
Nomes fortes para a Assembleia Legislativa
Para a Ale/RO, os nomes em construção incluem:
Laerte Gomes, Cássio Góes, Sandro Rocha, Coronel Vital, Ribeiro do Sinpol, Coronel Braguim, Coronel Jefferson, Everaldo Fogaça, Jesuíno Boabaid, entre outros. O objetivo é claro: fortalecer a pré-candidatura de Adailton Fúria ao governo, unindo a força do interior com a capital e ampliando as chances de uma bancada robusta em 2026.
Conclusão: o tempo dirá, mas o jogo já começou
Seja com 111 dias ou 382 dias, o fato é que o Governo de Rondônia vive uma contagem regressiva política.
Marcos Rocha tem nas mãos uma decisão que pode redesenhar o mapa eleitoral do estado, impulsionar o PSD e mudar o equilíbrio de forças nas eleições de 2026.
Como diria o velho ditado da política: quem tem tempo, tem poder.
Agora, resta saber qual relógio Marcos Rocha vai escolher seguir.
⏳ E você, qual é a sua aposta?
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