Zelensky afirma que Rússia deve ser 'forçada a fazer a paz' ao defender invasão a Kursk

Zelensky afirma que Rússia deve ser 'forçada a fazer a paz' ao defender invasão a Kursk

 Tropas ucranianas conquistaram 800 km² de território russo em uma semana, segundo dados do Instituto de Estudos da Guerra

Imagem de satélite mostra ataque russo contra blindado ucraniano na região de Kursk, na Rússia — Foto: Ministério da Defesa da Rússia / AFP

Porto Velhom Rondônia - 
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a operação das tropas ucranianas contra a região de Kursk, que completa uma semana nesta terça-feira, aproxima a região da paz. Em um pronunciamento na segunda-feira, Zelensky disse que a ação militar poderia pressionar a Rússia a negociar — embora a reação de Moscou ao ataque tenha sido de retaliação e promessas de revanche.

Em seu discurso, Zelensky afirmou que a guerra estava "retornando à Rússia", ao se referir à ação militar contra o vizinho do Leste, naquele que já é o maior ataque de um Exército estrangeiro em território russo desde a Segunda Guerra Mundial. Ele também detalhou sua ideia de forçar a negociação.

— A Rússia deve ser forçada a fazer a paz, se Putin quer tanto lutar — afirmou Zelensky. — A Rússia trouxe a guerra para outros, agora [a guerra] está voltando para casa. A Ucrânia sempre quis apenas a paz e certamente garantiremos a paz.

Nesta terça-feira, o porta-voz da diplomacia ucraniana, Georgiy Tykhy, afirmou que Kiev não tem interesse em anexar nenhuma região da Rússia, reforçando que a ação teria apenas uma função tática.

— Ao contrário da Rússia, a Ucrânia não precisa de propriedades alheias. A Ucrânia não quer anexar nenhum território na região de Kursk, mas quer proteger a vida do seu povo — disse o diplomata em uma entrevista coletiva, defendendo que as ações ucranianas "são absolutamente legítimas".

De acordo com uma análise realizada pela AFP com base em dados do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), a Ucrânia controlava 800 km² do território de Kursk até a noite de segunda-feira — perto dos 1 mil km² anunciados pelo ministro da Defesa ucraniano, Oleksandr Syrsky.

Ordens de retirada foram emitidas por autoridades russas para regiões perto da fronteira, como Kursk e Belgorod, diante da ofensiva ucraniana. Ontem, o governador de Kursk, Alexei Smirnov, afirmou que 121 mil pessoas já haviam se retirado em razão dos avanços ucranianos, enquanto outras 60 mil esperavam pela chance de serem retirados.

Apesar da situação em seu território, as autoridades russas não dão sinal de que utilizariam a via diplomática para resolver a questão. Ainda na segunda-feira, Putin ordenou ao Exército que "expulse" as tropas ucranianas, que em quase uma semana tomaram 28 localidades na região de Kursk.

— A principal tarefa do Ministério da Defesa é, obviamente, expulsar o inimigo dos nossos territórios — declarou Putin em uma reunião transmitida pela televisão. — [O Exército ucraniano pretende] semear a discórdia na nossa sociedade, intimidar as pessoas, destruir a unidade e a coesão da sociedade russa.

O comandante das forças especiais russas Akhmar, general Apti Alaudinov, afirmou ao canal de TV Rússia 1 que a maioria das tropas ucranianas que invadiram Kursk foram eliminadas. Em uma reprodução da fala, citada pela agência russa Ria Novosti, Alaudinov afirmou que "a maioria das forças e meios que entraram no território russo" foram destruídos. (Com AFP)


Fonte: O GLOBO

Postar um comentário

Please Select Embedded Mode To Show The Comment System.*

Postagem Anterior Próxima Postagem