Lateral brasileiro aguarda sentença pelo mesmo crime na Espanha
O lateral brasileiro foi acusado de agredir sexualmente uma jovem numa boate de Barcelona, em dezembro de 2022, e está preso há pouco mais de um ano. Robinho, que nunca cumpriu pena pelo crime em Milão, aguarda o desfecho do processo em liberdade no Brasil. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisa se homologa a sentença imposta pela justiça italiana.
— Melhor eu não falar nada. Que Deus abençoe o Daniel Alves — afirmou Robinho.
Na entrevista, filmada pela TV no litoral de Santos, onde o ex-jogador se preparava para partir em viagem, Robinho comenta o processo ao qual respondeu por estupro e reiterou estar à disposição das autoridades.
— Pode me procurar, sem problema nenhum — ressaltou.
Robinho foi condenado em 2017 por um episódio de violência sexual contra uma mulher albanesa. A violência sexual teria ocorrido em uma casa noturna de Milão, cidade no norte da Itália, em 2013. No processo, a Justiça italiana deu razão à mulher, que foi embriagada e abusada sexualmente por seis homens enquanto estava inconsciente. A defesa dos condenados, dentre eles o jogador brasileiro, alega que a relação foi consensual.
As autoridades italianas chegaram a pedir a extradição de Robinho, mas o pedido foi negado uma vez que o Brasil não extradita seus cidadãos. Por isso, a Itália pede que a pena seja cumprida no país.
Caso Daniel Alves: perguntas e respostas
Após três dias de julgamento no Tribunal de Barcelona, Daniel Alves, acusado de estuprar uma jovem de 23 anos no banheiro de uma boate espanhola, aguarda a sentença final que será proferida pela juíza Isabel Delgado Pérez. Não há prazo para a divulgação. Porém, segundo a imprensa local, a expectativa é que seja anunciada em até duas semanas devido à repercussão do caso.
A defesa pediu a absolvição do jogador, alegando que não há provas concretas de que o sexo não foi consensual. Além disso, usou a tese da embriaguez para indicar que o brasileiro estava com suas funções cognitivas afetadas. Como prova, utilizou o depoimento da mulher de Daniel Alves, Joana Sanz, que disse que o marido chegou em casa bêbado e apagou na cama.
A promotoria pediu a condenação baseado nas imagens e depoimentos de peritos forenses e testemunhas.
Veja perguntas e respostas sobre o caso
Daniel Alves ficará solto até a sentença ser divulgada?
Não. A defesa do jogador pediu a liberdade condicional até que o resultado do julgamento saia, mas o pedido não foi acatado. A promotoria e a advogada da denunciante pediram a permanência da prisão com alegação de que ele poderia fugir para o Brasil, onde não há acordo de extradição.
Se condenado, Daniel Alves ficará preso por quantos anos?
A promotoria pediu 9 anos de prisão, já a advogada de acusação pediu pena máxima de 12 anos. Qualquer que seja a pena, em caso de condenação, o jogador deve ficar preso apenas dois terços do tempo de punição. Ou seja, entre cinco e seis anos. E como pagou multa de atenuante, essa pena pode ser reduzida pela metade.
A defesa do jogador usou como estratégia a tese da embriaguez, que pode servir como atenuante. Neste caso, a pena máxima seria de 8 anos, podendo ter redução.
Se condenado, Daniel Alves terá direito a recorrer da decisão?
Sim, o caso ainda cabe recurso. A defesa do jogador poderá levar o processo para o Tribunal de Apelação, a segunda instância espanhola.
Fonte: O GLOBO
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