Coreia do Norte realizou disparo de mísseis balísticos, afirma Seul

Coreia do Norte realizou disparo de mísseis balísticos, afirma Seul

Trajetória dos objetos, que caíram no mar, ainda não foi divulgada; na véspera, imprensa oficial em Pyongyang criticou a realização de exercícios militares conjuntos entre americanos e sul-coreanos

Porto Velho, RO -
O governo da Coreia do Sul afirmou ter detectado o lançamento de pelo menos dois mísseis balísticos da Coreia do Norte na manhã de segunda-feira (noite de domingo no Brasil). O disparo também foi confirmado pelo Japão, e é mais um de uma longa série de testes e disparos de foguetes por parte do regime de Kim Jong-un.

As autoridades em Seul ainda não divulgaram a rota percorrida pelos mísseis, tampouco dados relativos à distância e altitude máximas. Como de hábito, a imprensa norte-coreana, a voz do regime para o mundo exterior, não se pronunciou de imediato sobre o lançamento. O modelo de míssil utilizado também não foi estabelecido.

Na véspera do disparo, o site Uriminjokkiri, ligado ao governo de Pyongyang, publicou um duro editorial criticando exercícios militares realizados por EUA e Coreia do Sul, iniciados na semana passada: para o site, a argumentação de que os exercícios, chamados Ssangyong ("Dragão Duplo"), são meramente defensivos é falsa, e as manobras, segundo o Uriminjokkiri, são uma forma de intimidar a Coreia do Norte. Argumentos semelhantes foram repetidos por outros sites mantidos por Pyongyang.

As manobras, centradas no desembarque de veículos anfíbios, seguem até o dia 3 de abril. Embora não haja relação confirmada entre o lançamento e os exercícios, testes do tipo foram realizados recentemente como resposta da Coreia do Norte ao que chama de "atos provocativos", referência às manobras conjuntas.

No ano passado, a Coreia do Norte lançou 90 mísseis de vários tipos, incluindo alguns supostamente capazes de atingir o território dos EUA levando ogivas nucleares, como parte de um plano ordenado por Kim Jong-un para modernizar o arsenal do país. 

Apesar do ceticismo em relação a alguns anúncios, analistas afirmam que as sanções internacionais impostas ao governo local têm sido ineficazes para frear o programa de mísseis balísticos e, mais preocupante, do desenvolvimento de armas nucleares. Segundo estimativas, o país teria entre 40 e 50 ogivas operacionais, além da capacidade de instalar essas ogivas em mísseis.

Na semana passada, a agência estatal KCNA afirmou que o país havia testado "com sucesso" um novo drone submarino capaz de provocar "um tsunami radioativo em larga escala", na prática um ataque nuclear contra embarcações e alvos estratégicos.

"Esse drone de ataque submarino pode ser implantado em qualquer costa e porto, ou ser rebocado por um navio de superfície para o seu funcionamento", disse ainda a KCNA, no dia 23 de março. Na véspera, o regime lançou uma série de mísseis de cruzeiro, no que as autoridades afirmaram ser um exercício de simulação de um ataque nuclear contra a Coreia do Sul.


Fonte: O GLOBO

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