Lula tem primeiro choque com ruralistas por causa de mudança no Itamaraty

Lula tem primeiro choque com ruralistas por causa de mudança no Itamaraty

Governo petista decidiu extinguir a Diretoria Agrícola do Ministério das Relações Exteriores; o ruralismo pede que a medida seja 'reconsiderada'

Porto Velho, RO -
No ano passado, a CNA, grande entidade ruralista do país, promoveu um grande encontro em Brasília com empresários do setor para, entre outras coisas, manifestar em peso o apoio à reeleição de Jair Bolsonaro. Na ocasião, o chefe da entidade, João Martins, chamou Lula de ladrão e disse que o país não tinha espaço para seu retorno ao Planalto.

A eleição mostrou que Martins estava apostando no cavalo errado e, ao fechar 2022 com o petismo de volta ao poder, a CNA divulgou um documento com “perspectivas” para o presente ano.

Depois de estimar que a produção de grãos deve ser recorde e superar 313 milhões de toneladas, a entidade afirma que o ano será marcado por “incertezas sobre o controle das despesas públicas e sobre a nova âncora fiscal” do governo e “aumento da taxa de desemprego, alcançando média em torno de 9%”.

Nesta semana, Lula decidiu extinguir a diretoria agrícola do Itamaraty, deixando os ruralistas contrariados. Em nota, a Frente Parlamentar da Agropecuária disse receber a decisão no Ministério das Relações Exteriores com “preocupação”.

“Importante ressaltar que a pasta é de extrema importância para o desenvolvimento do setor agropecuário nacional, para as articulações internacionais e abertura de novos mercados e, por último, para a conscientização do mercado externo sobre a qualidade e origem dos produtos brasileiros”, afirma a FPA em trecho de seu comunicado.

Leia a nota:

“A Frente Parlamentar da Agropecuária manifesta preocupação com a decisão emitida pelo Decreto Presidencial 11.357/23, que extingue a Diretoria Agrícola do Ministério de Relações Exteriores.

Importante ressaltar que a pasta é de extrema importância para o desenvolvimento do setor agropecuário nacional, para as articulações internacionais e abertura de novos mercados e, por último, para a conscientização do mercado externo sobre a qualidade e origem dos produtos brasileiros.

Desta forma, a FPA pede que a medida seja reconsiderada pelo governo federal, especialmente pelo Ministério da Agricultura, também responsável à época, junto com a FPA, pela criação da Diretoria Agrícola do Itamaraty”.


Fonte: Veja

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