Foto: Ney Cunha
Berenice Simão, vice presidente da Fundação Iaripuna, explica que o objetivo é envolver a Sociedade Civil neste processo de produção do evento. “Conseguimos, inclusive, uma parceria com a Universidade Federal de Rondônia que estará incentivando pesquisas científicas e fatos históricos do Complexo Madeira Mamoré. Serão novas contribuições para a cultura e patrimônio de Porto Velho”, disse Berenice, lembrando que desde quando a prefeitura assumiu a gestão deste complexo, em 2005, já iniciou projetos de restauração e revitalização que agora estão em fase de execução. “O centenário vai ser marcado pelo interesse em cuidar de um patrimônio de todos os brasileiros”, afirmou.
Cuidados
A Estrada de Ferro Madeira Mamoré é um patrimônio tombado e tem uma série de leis principalmente quanto à manutenção e zelo dos objetos museados como, por exemplo, as locomotivas. “Todo o Complexo é um grande museu a céu aberto. Até mesmo para se fazer uma intervenção, como foi o caso da decoração natalina, tem um profissional que faz a análise arquitetônica junto a estes objetos, de forma a observar se não vai comprometer a arquitetura histórica do local”, conta.
Neste momento está em execução da restauração do galpão de Rotunda (oficina das máquinas e rotatória) um investimento de quase 8 milhões. O local abrigará todas as peças e a documentação, além de um Centro de Memórias das pessoas vitimadas durante a construção da Ferrovia.
Passeio
O diretor Tatá da Fundação Iaripuna fala que dentro das ações que a prefeitura pretende realizar está o passeio turístico até a vila de Santo Antônio. “Esta é uma obra que envolve a prefeitura e é fiscalizada pelo Ministério da Cultura, através do Instituto de Patrimônio Histórico Nacional. Consiste no reparo do pátio da igreja de Santo Antônio, dos trilhos até a Vila da Candelária, entre outros projetos. A demora para iniciar as obras de restauração dos trilhos depende unicamente da retirada de famílias que ao longo do tempo ocuparam as margens da ferrovia e do Rio Madeira. O próprio prefeito tem ido conversar com os moradores sobre a importância dessa remoção. Tão logo realizemos esta etapa, a Maria fumaça voltará a todo vapor, para a alegria de todos”, explica.
O trabalho de revitalização prevê o funcionamento das locomotivas no trecho entre a Estação de Porto Velho e Santo Antônio, totalizando aproximadamente 8 quilômetros.