Parlamento da UE aprova novas regras que facilitam suspensão de visto

Parlamento da UE aprova novas regras que facilitam suspensão de visto

Medida vale para cidadãos de países que apresentem riscos de segurança


© Agência Lusa

Porto Velho, RO - O Parlamento Europeu (PE) adotou nesta terça-feira (7) uma legislação que facilita a retirada do direito de viajar sem visto para a União Europeia (UE) para cidadãos de países que apresentem riscos de segurança ou que violem os direitos humanos.

A legislação, já acordada informalmente pelos negociadores do parlamento e do Conselho da UE, foi aprovada em sessão plenária por 518 votos a favor, 96 votos contrários e 24 abstenções, faltando apenas a formalização pelos Estados-membros. A legislação entrará em vigor 20 dias após sua publicação no Jornal Oficial da UE.

Os eurodeputados aprovaram uma reforma do mecanismo de suspensão de vistos para a UE relativo a 61 países cujos nacionais podem atualmente viajar pelo espaço Schengen sem visto para estadas de curta duração (até 90 dias) em qualquer período de 180 dias, incluindo Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

O Espaço Schengen permite que mais de 420 milhões de pessoas viajem livremente entre os países-membros da União Europeia sem passar por controles fronteiriços.

As alterações incluem novos motivos para que seja desencadeada uma suspensão da isenção de visto: ameaças híbridas (como a instrumentalização de migrantes patrocinada pelo Estado); regimes de concessão de cidadania a investidores (ou vistos gold) que suscitam preocupações em matéria de segurança; falta de alinhamento com a política de vistos da UE; violações da Carta das Nações Unidas, dos direitos humanos internacionais ou do direito humanitário; além do descumprimento das decisões dos tribunais internacionais.

O mecanismo permite à Comissão Europeia reintroduzir a necessidade de visto para um país específico quando existem preocupações de segurança – primeiro temporariamente, enquanto decorrer uma investigação e diálogo, e depois permanentemente, se as questões persistirem.

Os motivos incluem ameaças à segurança interna (incluindo um aumento dos crimes graves cometidos por cidadãos do país em questão) e aumentos substanciais dos pedidos de asilo indeferidos, das recusas de entrada ou do número de pessoas que ultrapassam o período autorizado para estadia.

Pelas novas regras, a Comissão Europeia – depois de uma proposta de um Estado-membro, e tendo em conta as informações recebidas de qualquer instituição da UE – pode iniciar o processo de suspensão da isenção de visto de determinados países para circular pelo espaço Schengen, primeiro temporariamente e, em seguida, de forma permanente, se problemas persistirem.

Fonte: Agência Brasil

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