Ministério Público de Rondônia aciona Justiça para reabrir leitos de UTI no Hospital Regional de Cacoa

Ministério Público de Rondônia aciona Justiça para reabrir leitos de UTI no Hospital Regional de Cacoa

O fechamento das instalações, com capacidade para dez leitos, tem provocado o encaminhamento de pacientes para outros hospitais - Foto: Divulgação

Porto Velho, RO — O Ministério Público de Rondônia (MPRO) ingressou com uma ação civil pública, com pedido de liminar, solicitando que o Governo do Estado reative imediatamente os dez leitos de UTI do Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal (Heuro). O fechamento da ala, que possuía capacidade para dez pacientes, tem forçado o envio de pessoas em estado grave para outros hospitais da rede pública.

A ação foi protocolada pelo promotor de Justiça Marcos Ranulfo Ferreira, que destacou o impacto da desativação sobre o atendimento de urgência e emergência no interior. O Heuro foi criado justamente para descentralizar os serviços de alta e média complexidade, evitando a sobrecarga de outras unidades e garantindo atendimento mais ágil à população.

Transferências aumentam por falta de leitos


De acordo com o MP, 636 pacientes precisaram ser transferidos para outros hospitais apenas entre janeiro e junho de 2025, em razão da falta de leitos de terapia intensiva. O órgão argumenta que o fechamento da ala fere princípios constitucionais como a dignidade da pessoa humana, o direito à saúde e a eficiência da administração pública, além de comprometer o funcionamento do sistema hospitalar regional.

Pedido de urgência

Na ação, o Ministério Público pede que a Justiça determine ao Estado a reativação imediata dos dez leitos da UTI, restabelecendo integralmente o serviço que estava em funcionamento no hospital.

O MP também solicita que sejam adotadas medidas administrativas e estruturais para reforçar o Sistema Único de Saúde (SUS) em Cacoal, com o objetivo de garantir um atendimento digno e contínuo à população.

Além disso, o órgão requer que o governo não reduza ainda mais os leitos de UTI e evite priorizar contratações na rede privada, concentrando esforços no fortalecimento da rede pública estadual de saúde.

Risco à vida e ao sistema público

O promotor reforça que a reabertura dos leitos é urgente e essencial para evitar o agravamento do quadro de pacientes que necessitam de cuidados intensivos. Segundo ele, a manutenção do fechamento compromete não apenas a vida dos pacientes, mas também a eficiência do sistema público de saúde como um todo.

O caso segue agora para análise do Poder Judiciário, que decidirá sobre a liminar solicitada pelo Ministério Público.

Postar um comentário

Please Select Embedded Mode To Show The Comment System.*

Postagem Anterior Próxima Postagem