Macron desafia Trump e diz que a Europa deve “se fazer respeitar” diante das tarifas comerciais

Macron desafia Trump e diz que a Europa deve “se fazer respeitar” diante das tarifas comerciais

 Líder francês reforça necessidade de resposta do bloco europeu caso Washington imponha novas barreiras comerciais

Presidente da França, Emmanuel Macron, em Paris 13/07/2024 (Foto: REUTERS/Stephanie Lecocq)

Porto Velho, RO - O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta segunda-feira (3), em Bruxelas, que a União Europeia precisa reagir caso os Estados Unidos imponham novas tarifas comerciais contra o bloco. A declaração, publicada originalmente pela AFP, ocorre em meio às ameaças do governo de Donald Trump de adotar medidas protecionistas para reduzir o déficit comercial norte-americano.

“Se formos atacados em questões comerciais, a Europa, como uma potência firme, terá que se fazer normas e, portanto, reagir” , afirmou Macron ao chegar a uma reunião informal de líderes da União Europeia dedicada à defesa.

O posicionamento do presidente francês reflete uma preocupação crescente dentro do bloco sobre o impacto das políticas comerciais da Casa Branca. Nos últimos anos, a UE e os EUA enfrentaram debates em setores estratégicos, como o aço, a indústria automotiva e a tecnologia.

O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, também criticou a escalada de disputas comerciais, classificando-as como “totalmente desnecessárias e estúpidas” . Ele, no entanto, defendeu que a União Europeia seja válida com equilíbrio.

“Temos que fazer de tudo para evitar essas guerras comerciais, mas, ao mesmo tempo, não podemos perder nosso respeito próprio e nossa autoconfiança” , afirmou Tusk, cujo país ocupa a presidência rotativa do bloco pelos próximos seis meses.

Já o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, alertou que qualquer tensão tarifária seria prejudicial para ambos os lados. “Se houver prejuízo sobre as tarifas comerciais, isso será ruim para os Estados Unidos e ruim para a Europa” , afirmou. Scholz destacou ainda que a UE precisa considerar sua força nas negociações. “O requisito básico para um acordo [com Trump] é considerar nosso próprio poder. A Europa pode agir” , concluiu.

Fonte: Brasil247

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