Sucessor de Fuad Noman (PSD) na gestão municipal afirma que seu ex-aliado não tem sua confiança
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, não terá o apoio de Alexandre Kalil (PSD) na corrida pela prefeitura de Belo Horizonte — Foto: Agência O Globo
Porto Velho, Rondônia - O ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil afirmou nesta quinta-feira que o seu antecessor, Fuad Noman (PSD) não tem mais sua confiança. O ex-gestor chamou a administração do atual prefeito de "desastre" e criticou a mudança no secretariado após sua renúncia, em março de 2022 para concorrer ao governo de Minas Gerais.
— A questão de eu não estar como prefeito Belo Horizonte é muito simples. Ele trocou uma Prefeitura inteira, montada com muito carinho por técnicos, para entregar para políticos de não sei que categoria. Então foi feito um desastre em dois anos. O prefeito de Belo Horizonte não tem a confiança do ex-prefeito e ele sabe exatamente o que eu estou falando.
Alexandre Kalil também citou a aliança com o deputado federal Aécio Neves (PSDB) como um dos motivos que o distanciou de seu palanque de reeleição.
— Então por que não estou com Fuad? Porque abraçou um deputado federal, depois chutou, abraçou deputado federal, depois chutou. E agora deu um abraço fraternal na turma do Aécio Neves. Isso contradiz tudo que foi feito nos meus seis anos de prefeitura. Acho que trazer Aécio Neves para essa campanha não é o que o povo Belo Horizonte esperava — finaliza.
Em vez de apoiar a reeleição do prefeito, Kalil dá apoio ao candidato do Republicanos, Mauro Tramonte. Segundo a última Quaest, o deputado estadual é quem lidera a disputa, com 30% das intenções de voto. A aliança com o PSDB, criticada pelo ex-prefeito, foi formalizada após sua migração para o palanque do Republicanos, poucos dias antes do prazo final de registros das candidaturas.
Sucessor de Kalil, o caminho natural para Fuad Noman seria ter o ex-prefeito ao seu lado. Mas os dois se estranharam e se afastaram. Entre janeiro de 2021 e março de 2022, conviveram pacificamente como prefeito e vice. Quando Kalil renunciou para concorrer o governo do estado, teve o apoio de Fuad na campanha, mas o ex-prefeito foi derrotado por Zema.
As rusgas começaram quando o prefeito ganhou asas próprias e exonerou indicados de Kalil. Os ânimos se exaltaram ainda mais quando o prefeito se aproximou do núcleo político do Atlético Mineiro. Ex-presidente do Galo, Kalil não tem afinidade com os dirigentes atuais do clube, os empresários Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvado.
Em entrevista ao GLOBO, na sexta-feira passada, o prefeito negou ter mágoas com Kalil e disse entender a movimentação como um gesto político, sem fundo pessoal.
— Eu entendo o ex-prefeito, ele é uma liderança querendo espaço em 2026. Não fiquei decepcionado não, gosto do prefeito Kalil, foi uma decisão política. Eu tenho o apoio do PSD, de seis partidos, não preciso reclamar muito — disse o prefeito, que também demonstrou gratidão — Sei que ele sabe que fui importante em seu governo e eu só sou prefeito porque ele me escolheu de vice.
Fonte: O GLOBO
— A questão de eu não estar como prefeito Belo Horizonte é muito simples. Ele trocou uma Prefeitura inteira, montada com muito carinho por técnicos, para entregar para políticos de não sei que categoria. Então foi feito um desastre em dois anos. O prefeito de Belo Horizonte não tem a confiança do ex-prefeito e ele sabe exatamente o que eu estou falando.
Alexandre Kalil também citou a aliança com o deputado federal Aécio Neves (PSDB) como um dos motivos que o distanciou de seu palanque de reeleição.
— Então por que não estou com Fuad? Porque abraçou um deputado federal, depois chutou, abraçou deputado federal, depois chutou. E agora deu um abraço fraternal na turma do Aécio Neves. Isso contradiz tudo que foi feito nos meus seis anos de prefeitura. Acho que trazer Aécio Neves para essa campanha não é o que o povo Belo Horizonte esperava — finaliza.
Em vez de apoiar a reeleição do prefeito, Kalil dá apoio ao candidato do Republicanos, Mauro Tramonte. Segundo a última Quaest, o deputado estadual é quem lidera a disputa, com 30% das intenções de voto. A aliança com o PSDB, criticada pelo ex-prefeito, foi formalizada após sua migração para o palanque do Republicanos, poucos dias antes do prazo final de registros das candidaturas.
Sucessor de Kalil, o caminho natural para Fuad Noman seria ter o ex-prefeito ao seu lado. Mas os dois se estranharam e se afastaram. Entre janeiro de 2021 e março de 2022, conviveram pacificamente como prefeito e vice. Quando Kalil renunciou para concorrer o governo do estado, teve o apoio de Fuad na campanha, mas o ex-prefeito foi derrotado por Zema.
As rusgas começaram quando o prefeito ganhou asas próprias e exonerou indicados de Kalil. Os ânimos se exaltaram ainda mais quando o prefeito se aproximou do núcleo político do Atlético Mineiro. Ex-presidente do Galo, Kalil não tem afinidade com os dirigentes atuais do clube, os empresários Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvado.
Em entrevista ao GLOBO, na sexta-feira passada, o prefeito negou ter mágoas com Kalil e disse entender a movimentação como um gesto político, sem fundo pessoal.
— Eu entendo o ex-prefeito, ele é uma liderança querendo espaço em 2026. Não fiquei decepcionado não, gosto do prefeito Kalil, foi uma decisão política. Eu tenho o apoio do PSD, de seis partidos, não preciso reclamar muito — disse o prefeito, que também demonstrou gratidão — Sei que ele sabe que fui importante em seu governo e eu só sou prefeito porque ele me escolheu de vice.
Fonte: O GLOBO
Tags:
Brasil