Merih Demiral selou a vitória da Turquia contra a Áustria, por 2 a 1
O próprio Demiral postou em sua conta do X uma foto sua levantando os braços para comemorar um de seus gols, e fazendo com as mãos o sinal associado aos “Lobos Cinzentos”, grupo turco de extrema direita. A imagem foi amplamente divulgada nas redes sociais.
"Quão feliz é aquele que se diz turco!", escreveu ele, na publicação.
Foi nomeado um “investigador ético e disciplinar” e mais informações sobre este assunto serão divulgadas, afirmou a Uefa, no seu comunicado de imprensa.
"O símbolo dos extremistas de direita turcos não têm lugar nos nossos estádios", reagiu Nancy Faeser, ministra do Interior da Alemanha, em seu perfil no X, antigo Twitter. "Usar a Euro como plataforma para o racismo é completamente inaceitável. Estamos à espera que a Uefa investigue o caso e considere sanções".
Após o jogo, Demiral garantiu que o gesto não continha nenhuma "mensagem escondida" e que queria apenas expressar a sua "felicidade" e o seu "orgulho" por ser turco.
"A forma como celebrei tem algo a ver com a minha identidade turca (…) Tenho muito orgulho de ser turco, e esse é o significado do meu gesto", justificou Demiral, eleito o melhor jogador da partida.
"É o símbolo da opressão e da perseguição", denunciou o líder da ONG Associação para os Povos Ameaçados do Médio Oriente, Kamal Sido.
Por sua vez, o ministro turco dos Esportes, Osman Askin Bak, replicou a fotografia do jogador com a mensagem "Não há muito a dizer..." e a bandeira turca.
Os 'Lobos Cinzentos' são o ramo paramilitar do Partido da Ação Nacionalista, um partido de extrema direita na Turquia, e são proibidos em países como a França e a Áustria, embora não na Alemanha, pelas suas medidas violentas na década de 1980 contra esquerdistas, ativistas e minorias étnicas.
Fonte: O GLOBO
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