Análise: Pesquisas mostra candidato do PL com 31,2%

Análise: Pesquisas mostra candidato do PL com 31,2%

 

Atual prefeito costura chapa pura e deve se afastar de debate entre Lula e Bolsonaro

Porto Velho, RO. 
Atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) aparece com certo conforto na corrida eleitoral à Prefeitura do Rio de Janeiro, de acordo com as últimas pesquisas.

No levantamento mais recente da pesquisa Atlas/CNN, por exemplo, Paes aparece com 42,6% das das intenções de voto no Rio de Janeiro, enquanto o deputado federal e também pré-candidato Alexandre Ramagem (PL) aparece na sequência, com 31,2%. O deputado federal Tarcísio Motta (PSOL) tem 12,7%.

Neste cenário, o melhor movimento para Eduardo Paes é jogar parado. Liderando contra Ramagem e Tarcísio, Paes cogita a formação de uma chapa pura do PSD para correr à reeleição.

Braço-direito de Paes, o deputado federal Pedro Paulo corre na frente para se consolidar como candidato a vice-prefeitura. O presidente da Câmara dos Vereadores, Carlo Caiado, também é uma possibilidade.

O prefeito trabalha para atrair partidos ao centro e à direita para sua pré-candidatura. Há conversas avançadas com o União Brasil e o PP em torno de apoio à sua recondução — o que enfraqueceria ainda mais a campanha de Ramagem. Já há uma aliança costurada junto ao Republicanos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou, no início do ano, chancelar sua ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ao posto de vice-prefeita na chapa de reeleição do prefeito do Rio.

A movimentação foi por água abaixo depois de Lula rechaçar publicamente a possibilidade da candidatura na filiação de Anielle ao PT, em abril.

“Eu tenho certeza de que ela não tem nenhuma pretensão de disputar nenhum cargo em 2024. Mas, quando chegar perto do final do governo, tem eleição em 2026. Aí, pode dar um mexerico nela de querer ser candidata a alguma coisa, então é melhor começar a se preparar antes”, disse o presidente na ocasião.

Em um contexto completamente alheio às discussões nacionais, a eleição no Rio de Janeiro parece estar mais dissociada da polarização nacional, diferentemente do que acontece em São Paulo no embate entre o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado Guilherme Boulos (PSOL).

No berço do bolsonarismo, Paes — que mantém boas relações com Lula — sabe que a associação direta ao PT pode ser mais nociva do que trazer novos votantes.

Durante seus mandatos, Eduardo Paes conseguiu imprimir uma identidade própria e afastar-se da divisão nacional, atraindo votantes à esquerda e à direita. O melhor para o prefeito é não fazer movimentos bruscos — para um lado ou para o outro.

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