Lucro do Bradesco cresce 46,3% no primeiro trimestre do ano

Lucro do Bradesco cresce 46,3% no primeiro trimestre do ano

Aumento se deu na comparação com trimestre imediatamente anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve estabilidade

Porto Velho, Rondônia - O Bradesco lucrou R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre de 2024, aumento de 46,3% na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Houve, no entanto, pequena queda frente aos primeiros três meses do ano passado (de 1,6%), o que representa quadro de estabilidade. O resultado veio maior que a média das projeções dos analistas consultados pelo Valor Data, de R$ 3,9 bilhões.

O banco elenca alguns fatores que ajudaram a alavancar o resultado, como diminuição nas taxas de inadimplência, maior controle sobre despesas operacionais e crescimento na modalidade Bradesco Seguros — que faturou R$1,3 bilhão apenas por meio da venda de produtos em canais online.

Outro ponto que recebeu destaque foi a ampliação na carteira de crédito expandida, que chegou a R$ 889,9 bilhões, após contrair em 2023. O crescimento foi de 1,2% no ano e de 1,4% no trimestre.

A inadimplência por um período superior a 90 dias de atraso caiu 0,3 ponto percentual no ano e também em relação ao trimestre anterior, ficando em 4,8%.

Segundo o CEO do banco, Marcelo Noronha, a maior parte das linhas de crédito reverteu sua trajetória e começou a ganhar ritmo. Ele destaca que houve uma mudança significativa em relação ao perfil das carteiras, que passaram a apresentar maior qualificação.

— Aplicamos uma estratégia de equilíbrio no crédito massificado, com a produção ajustada ao risco. Com isso conseguimos ampliar a margem financeira líquida, que registrou o melhor nível dos últimos quatro trimestres.

Noronha disse também que a área de seguros segue em trajetória positiva, entregando bons resultados em termos de volume operacional e rentabilidade.

Em coletiva realizada nesta manhã, ele não comentou o acordo recente entre Bradesco e Banco do Brasil com a Casas Bahia para renegociar uma dívida de R$ 4,1 bilhões da varejista. O acordo estende o prazo de pagamento de 22 meses para 72 meses, reduzindo o custo médio da dívida em 1,5 ponto percentual.

Em um comunicado ao mercado divulgado nesta semana, a Casas Bahia afirmou que essa seria uma forma de melhorar seu fluxo de caixa em R$ 4,3 bilhões ao longo dos próximos quatro anos, com R$ 1,5 bilhão apenas em 2024.

Noronha, sem mencionar diretamente a varejista, disse estar “confortável” com o nível de provisão do Bradesco.


Fonte: O GLOBO

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