Executiva do grupo para América Latina fala sobre oportunidade na transição
Porto Velho, Rondônia - A Kingston, líder global em tecnologias de memória e mais conhecida por seus pen drives, está de olho em dois movimentos para crescer no Brasil: a chegada da memória SSD, mais sofisticada, ao pujante mercado local de data centers; e o avanço de uma nova geração desse tipo de memória nos computadores pessoais.
SSD é a sigla em inglês para unidade de estado sólido (Solid-State Drive), tecnologia de armazenamento de dados mais rápida (e cara) que o antigo HD. O SSD já se tornou comum na maioria dos computadores pessoais — pelo menos naqueles de maior faixa de preço —, mas ainda está se multiplicando nos servidores de data centers.
— Nesse segmento, parte do nosso desafio aqui no Brasil é que a gente não tinha um preço agressivo no SSD para clientes corporativos. Agora, já temos produtos competitivos na categoria. Ao mesmo tempo, os clientes, muitos dos quais pensavam que não precisavam fazer a transição, estão vendo que precisam adotar o SSD diante de fenômenos como Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) e, claro, a inteligência artificial. Tudo isso torna cruciais a latência e agilidade na manipulação dos dados armazenados — disse à coluna Geraldine Stack, chilena que é gerente de desenvolvimento de negócios flash e SSD da Kingston para a América Latina.
Baseada na Califórnia, Geraldine esteve no Brasil na semana passada visitando clientes no país. A América Latina, segundo a executiva, só fica atrás da Ásia para este segmento de negócio dentro da Kingston.
‘Desempenho se tornou fundamental’
De acordo com ela, no filão mais importante para a companhia — o voltado para o consumidor final —, a transição que traz oportunidade é a entre as gerações de SSD. As máquinas estão deixando para trás uma tecnologia chamada SATA — criada nos anos 2000 e que funcionava como uma espécie de caminho intermediário para a transição do HD para o SSD — e adotando a NVMe, protocolo especialmente projetado para esse tipo de memória.
— Nos computadores, a gente já fez o trabalho de transição do HD para o SSD. Neste momento, estamos migrando para uma nova geração de SSD, a NVMe. Ela permite uma capacidade de transferência de duas a três vezes mais rápida — explicou Geraldine. — O consumidor final está entendendo que, hoje, desempenho se tornou fundamental. Nosso foco hoje é comunicar essa transição e oferecer preços mais competitivos.
Fonte: O GLOBO
Tags:
Economia