Porto Velho, Rondônia - O Rally dos Sertões quer ser muito mais que poeira, gerando conteúdo para “sair da bolha”. Esse é o plano de Leonora Guedes, que acaba de assumir como CEO do grupo que organiza a competição. Inspirada na febre de séries de streaming que popularizam esportes como tênis, Fórmula 1 e até o Tour de France, ela quer explorar as histórias por trás da aventura para atrair o público feminino e marcas que olhem para além dos “faria limers” que o rali tradicionalmente encanta.
— Entendemos o Sertões como uma fábrica de conteúdo. Mas os três eventos (além do rali, o negócio agregou nos últimos anos competições de kitesurf e mountain bike) têm particularidades na execução que dificultam o acompanhamento do competidor do inicio ao fim pelo público. Minha meta é fazer com que o Sertões extrapole os limites das cidades que o recebem — explica Leonora.
A CEO lembra que o Sertões já “teve seus momentos na TV”, mas que a prática não foi sistematizada.
— Acaba que hoje as histórias são um tesouro que temos guardado, mas que não chega muito ao restante do Brasil. A gente vai sair da bolha contando histórias. Queremos explorar esse conteúdo por meio de diversos canais que já temos, mas, principalmente, pensando em streaming. Esse é o sonho. Já temos conversas com players do segmento para concretizá-lo. Esse é o caminho para acelerar receitas — diz.
Ela, que já era diretora operacional do Sertões desde 2021 e sócia, está substituindo como CEO Joaquim Monteiro, da família Monteiro de Carvalho. É a primeira mudança no topo do negócio desde que Julio Capua — que se tornou bilionário depois de cofundar a XP — comprou o controle do Rally dos Sertões, em 2019, das mãos de Marcos Ermírio de Moraes, herdeiro do Grupo Votorantim. O faturamento do Sertões hoje é da ordem de R$ 25 milhões.
Fonte: O GLOBO
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