Corpos encontrados em barco no Pará serão sepultados temporariamente nesta quinta

Corpos encontrados em barco no Pará serão sepultados temporariamente nesta quinta

Procedimento de inumação permite que os corpos possam ser exumados e sepultados posteriormente em outro local

Os nove corpos da embarcação encontrada à deriva no Rio Caeté, no Pará, no dia 13, serão temporariamente sepultados nesta quinta-feira, no cemitério São Jorge, bairro da Marambaia, em Belém. Embora documentos encontrados junto aos corpos sejam da Mauritânia e do Mali, nenhuma das vítimas ainda foi identificada.

“O procedimento é de inumação, pois permite que, caso seja do interesse das famílias, possa ser exumado e sepultado em outro local”, disse a Polícia Federal em nota.

De acordo com a PF, os nove corpos vão ser enterrados em cerimônia laica, realizada pelas instituições que participaram do resgate, entre elas a Marinha, o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Científica do Pará, Guarda Municipal de Bragança, Defesa Civil do Estado, Defesa Civil de Bragança, a Organização Internacional das Nações Unidas para as Migrações (OIM) e o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Além dos documentos encontrados, o barco encontrado guarda semelhanças com as embarcações usadas por pescadores da Mauritânia, conforme apontou um porta-voz da ONG Caminando Fronteras, ao O Globo.

Essas embarcações de pescadores são comumente usadas por refugiados e imigrantes que cruzam o mar em direção as Ilhas Canárias, na Espanha. A ONG Caminando Fronteras, que acompanha a movimentação desses barcos, aponta que ao menos 22 embarcações da Mauritânia se perderam no Oceano Atlântico nos últimos três meses, segundo a agência EFE.

O arquipélago espanhol é usado como rota migratória para entrada no continente europeu. Segundo a polícia, os indícios apontam que o barco provavelmente saiu da Mauritânia, na África, e acabou pegando uma corrente marítima com destino ao Brasil.

A estimativa é que pelo menos 25 pessoas estavam a bordo do barco, que não tinham leme, motor ou sistema de direção. O barco foi fabricado com fibra de vidro, e tem cerca de 13 metros de comprimento. Além disso, não apresenta sinais de danos estruturais, indicando não ter passado por naufrágio.

A embarcação levaria de sete a 15 dias para se deslocar da África Ocidental para o norte do Brasil, mesmo sem nenhum tipo de propulsão, de acordo com especialistas.


Fonte: O GLOBO

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