Bolsonaro define meta de candidaturas no Rio e vive racha no reduto de Garotinho

Bolsonaro define meta de candidaturas no Rio e vive racha no reduto de Garotinho

PL prevê lançar 52 candidatos a prefeito e 20 a vice no estado; em Campos, partido se divide entre aliança com PP e União Brasil

Porto Velho, Rondônia - O PL do ex-presidente Jair Bolsonaro definiu como estratégia para as eleições municipais deste ano no estado do Rio o lançamento de 52 candidatos a prefeito e de até 20 vices. O plano vai ao encontro de duas metas do partido: fortalecer o bolsonarismo para 2026 e impedir o crescimento da esquerda, que conta hoje com a máquina do governo federal.

A sigla trabalha com a projeção de conseguir o comando de cerca de 25 prefeituras, quase 30% dos municípios. O percentual é maior que o proposto pela direção nacional da legenda para os demais estados: 20%. O total se justificaria por ser o Rio a base eleitoral de Bolsonaro.

Dos cinco maiores colégios eleitorais fluminenses, o PL terá candidaturas próprias na capital, com Alexandre Ramagem; São Gonçalo, onde Capitão Nelson buscará a reeleição; e Niterói, com o também deputado federal Carlos Jordy. São o primeiro, terceiro e quinto municípios em eleitores. Em Duque de Caxias, o segundo colégio eleitoral, apoiará o MDB e, em Nova Iguaçu, o quarto, vai compor a chapa do PP.

As candidaturas foram definidas após acordo entre as três principais lideranças fluminenses do partido — o presidente estadual, Altineu Côrtes, o senador Flávio Bolsonaro e o governador Cláudio Castro.

Goytacazes, a maior cidade do interior, no Norte Fluminense. O impasse que levou à divisão da sigla surgiu após Flávio Bolsonaro anunciar o apoio à reeleição do prefeito Wladimir Garotinho (PP).

A maior parte da legenda defende uma aliança com o União Brasil do presidente da Assembleia Legislativa (Alerj) e aliado de Castro, Rodrigo Bacellar, que lançará na disputa a delegada bolsonarista Madeleine Dykeman, novata na política. O partido aposta no perfil conservador da pré-candidata, para quem parte do PL tende a pedir votos.

— Foi a forma encontrada pelo senador Flávio para retribuir a fidelidade do prefeito Wladimir, que em 2022 apoiou Bolsonaro (à presidência) — afirma Côrtes, ao citar as cidades vizinhas de Itaperuna e São Francisco de Itabapoana como apostas do PL na região.

Além de Campos, o PL seguiu a retribuição de fidelidade nas eleições de 2022 em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. No município, o partido apoiará o candidato do ex-prefeito, secretário estadual de Transportes e presidente regional do MDB, Washington Reis, que lançará um sobrinho, Netinho Reis.

Já na Região dos Lagos, a meta, segundo Altineu Côrtes, é fazer um cinturão de prefeitos bolsonaristas. O PL aposta em conseguir o comando de nove das dez cidades que compõem a região. Já em municípios das regiões Sul e Serrana, o PL ainda negocia alianças.

Além das prefeituras, o PL projeta um fortalecimento nas Câmaras Municipais. Segundo o líder do partido na Alerj, deputado Anderson Moraes, a legenda pretende liderar nacionalmente o ranking de partidos com mais vereadores eleitos.

— Fizemos uma reunião nesta semana (semana passada) com a bancada na Assembleia, em que decidimos que cada parlamentar vai apadrinhar candidaturas a vereador em todos os municípios e trabalhar por esses nomes. Todos vão para as ruas pedir votos para seus escolhidos — afirma Moraes, que atuará na região da Costa Verde. — Uma de nossas prioridades será Angra dos Reis.

Angra dos Reis é uma das cidades em que a família Bolsonaro indicou o candidato, Renato Araújo. A expectativa é de que Jair Bolsonaro peça votos para seu escolhido lá.


Fonte: O GLOBO

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