'Orca-avó' quebra costelas de tubarão-branco ao fazer ataque mortal filmado por ângulo inédito na África do Sul; assista

'Orca-avó' quebra costelas de tubarão-branco ao fazer ataque mortal filmado por ângulo inédito na África do Sul; assista

Com mais de 60 anos, comportamento do animal chama atenção pela inteligência, precisão de caça e preocupação com descendentes; entenda

Gravado como parte de uma nova série limitada da National Geographic, um vídeo apresenta ao mundo o modus operandi das orcas na caça dos animais que são conhecidos como um dos predadores marítimos mais temidos: os tubarões-brancos. Apelidada de Sofia, a orca tem cerca de 60 anos, e desferiu um golpe pouco antes visto contra um adversário daquela magnitude, na África do Sul.

Na gravação, é possível ver quando o tubarão é surpreendido pela orca numa investida que tem como objetivo alcançar a lateral inferior do corpo da presa. Atordoado, ele tenta escapar, mas Sophia efetua novas tentativas e obtém sucesso na empreitada quando consegue quebrar as costelas do tubarão e arrastá-lo até o fundo. As imagens são impressionantes, logo depois, junto da família, a orca é vista enquanto carrega o fígado do animal.

"Sofia pode ser avó, mas a sua idade não é obstáculo para sustentar a família. Ela é uma caçadora experiente que não vai parar diante de nada para alimentar aqueles que dependem dela.", detalha a publicação.

A situação, inclusive, foi alvo de uma análise sobre como a preocupação com descendentes de diferentes gerações compõe parte determinante do comportamento desta espécie. Publicada em 2019, a pesquisa sugere que populações de orcas do Pacífico tinham maiores chances de sobrevivência quando permaneciam perto de suas avós. Não obstante, mas os riscos de morte aumentavam de maneira exponencial em casos contrários.

'Modus operandi' das orcas inclui 'ataque' ao leme das embarcações. — Foto: Reprodução

“O maior conhecimento [da avó] e sua liderança, especialmente em tempos difíceis, ajudam os filhotes”, explicou Dan Franks o autor da pesquisa e ecologista da Universidade de York, no Reino Unido.

Direto no fígado

Não é de hoje que o comportamento desses animais surpreende cientistas ao redor do mundo. A incidência de reações atípicas das orcas passou a despertar interesse antes mesmo de diferentes grupos começarem a naufragar propositalmente pequenas embarcações, como iates e veleiros.

Ao longo do tempo, diversas carcaças de tubarões-brancos foram encontradas com indicativos que demonstravam contato com as orcas. As marcas de dentes indicavam que esses gigantes haviam sucumbido durante a predação, no entanto, a específica e repetitiva ausência do fígado dos tubarões despertou curiosidade nos pesquisadores.

Mergulhador nada ao lado de grande tubarão-branco — Foto: @JuanSharks/Juan OLIPHANT / http://OneOceanDiving.Co​m / AFP

Dessa maneira, eles conseguiram rastrear que as orcas, em grupos familiares de até 40 indivíduos, adotaram, como um dos comportamentos primordiais da caçada, a extração direta dos fígados de tubarões-brancos. O órgão pode pesar até 90 quilos e é repleto de proteínas e nutrientes.

Orca-avó Sofia com fígado de tubarão — Foto: Reprodução / Instagram

A empreitada funciona da seguinte forma, de maneira coordenada, os animais se aproximam e encurralam a caça. Depois disso, duas orcas abocanham as barbatanas peitorais dos tubarões, em seguida, elas nadam em direções opostas, o que faz com que a pele da presa se rompa em uma cavidade e o fígado fique exposto.

Comportamento de orcas chamaram atenção ao redor do mundo. — Foto: Maqua/UERJ

As técnicas de caçada das orcas são frequentemente comparadas à matilhas de lobos, devido à organização e trabalho em conjunto.

Primas dos golfinhos

Com cerca de 7 metros a 9,7 metros e até seis toneladas, as orcas são conhecidas popularmente como baleias assassinas, apesar de serem uma espécie de golfinho. Esses animais predam e costumam atacar baleias e tubarões. Incidentes agressivos ou fatais com humanos, no entanto, são incomuns, apesar de existirem há tempos registros desses animais próximos à embarcações.


Fonte: O GLOBO

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