Ocidente reprova vitória esmagadora de Putin nas eleições Kremlin diz que russos estão unidos em torno do presidente

Ocidente reprova vitória esmagadora de Putin nas eleições Kremlin diz que russos estão unidos em torno do presidente

O processo eleitoral na Rússia ocorreu em meio à repressão acumulada contra a sociedade civil e todas as formas de oposição ao regime

Porto Velho, RO. Os governos ocidentais se alinharam nesta segunda-feira (18) para condenar a vitória eleitoral esmagadora de Vladimir Putin como injusta e antidemocrática. A China e a Coreia do Norte, no entanto, parabenizaram o líder russo por estender seu governo por mais seis anos.

As reações contrastantes ressaltaram as rupturas geopolíticas que se ampliaram desde que a Rússia lançou uma invasão em grande escala na Ucrânia há dois anos, desencadeando a mais profunda crise nas relações com o Ocidente desde o fim da Guerra Fria.

"O processo eleitoral na Rússia ocorreu em meio à repressão acumulada contra a sociedade civil e todas as formas de oposição ao regime, com restrições ainda mais severas à liberdade de expressão e à proibição da mídia independente", disse o Ministério das Relações Exteriores da França.

"As condições para uma eleição livre, pluralista e democrática não foram atendidas", acrescentou.

O ministro britânico das Relações Exteriores, David Cameron, afirmou que o resultado da eleição destacou a "profundidade da repressão" no país.

"Putin remove seus oponentes políticos, controla a mídia e depois se consagra vencedor. Isso não é democracia", disse Cameron.

Um porta-voz do governo alemão declarou que o chanceler Olaf Scholz não parabenizaria Putin por sua reeleição porque "o resultado foi predeterminado".

O Kremlin rejeitou essas críticas, dizendo que os 87% dos votos obtidos por Putin durante a eleição de três dias mostraram que o povo russo está unido em torno dele.

França, Reino Unido e outros países condenaram o fato de a Rússia também ter realizado sua eleição em regiões ocupadas da Ucrânia, que alega ter anexado durante a guerra.

Essa decisão constitui "nova violação da lei internacional e da Carta das Nações Unidas", disse a França, reiterando sua recusa em reconhecer as anexações russas e seu compromisso com "a soberania e a integridade territorial da Ucrânia".
Eleição "roubada"

O ministro da Defesa britânico, Grant Schapps, disse na plataforma X: "Putin roubou outra eleição, mas não roubará a Ucrânia".

Um porta-voz da Casa Branca afirmou nesse domingo que a eleição da Rússia "obviamente não foi livre nem justa". O presidente norte-americano, Joe Biden, ainda não comentou.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que a eleição na Rússia não tinha legitimidade. "Está claro para todos no mundo que essa figura (Putin) está simplesmente doente pelo poder e fazendo tudo para governar para sempre", declarou Zelenskiy.

Por outro lado, o presidente chinês, Xi Jinping, parabenizou Putin e disse que Pequim manterá comunicação próxima com Moscou para promover a parceria "sem limites" que eles acordaram em 2022, pouco antes de a Rússia invadir a Ucrânia.

"Acredito que, sob sua liderança, a Rússia certamente será capaz de alcançar maiores conquistas no desenvolvimento e na construção nacional", disse Xi a Putin em mensagem, segundo a Xinhua.

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, também enviou carta de congratulações a Putin, informou a agência de notícias estatal KCNA.

Fonte: agenciabrasil

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