Mãe que encontrou filha morta em Lorena (SP) promete lutar por justiça: 'Foi tirada de mim de forma covarde'

Mãe que encontrou filha morta em Lorena (SP) promete lutar por justiça: 'Foi tirada de mim de forma covarde'

Valeria Fortes lançou movimento 'Elas por Elda' após achar vítima sem vida, com marcas de agressão, na casa da família; ex é principal suspeito

A mãe da técnica de enfermagem Elda Mariel Aquino Fortes, que foi encontrada morta em casa, no último sábado, em Lorena (SP), usou as redes sociais para se despedir da filha e prometer lutar por justiça. O caso é investigado como feminicídio pelo 2º DP da cidade. O ex-namorado da vítima, que não aceitava o fim do relacionamento, é o principal suspeito do crime.

Foi Valeria Fortes quem encontrou a filha, já sem vida e com marcas de agressão, na casa da família. Elda, que tinha 29 anos e era mãe de dois filhos, teria sido espancada até a morte. Ela foi velada e sepultada neste domingo, depois de o corpo passar por perícia no Instituto Médico-Legal.

Em janeiro, a vítima afirma registrado um boletim de ocorrência contra o ex-namorado e tinha uma medida protetiva contra ele. Pelo Facebook, Valeria ressaltou que Elda era o "amor de sua vida" e chamou o ataque contra a filha de "covardia".

"De forma covarde e inescrupulosa, minha filha foi tirada de mim... Dói...e muito. Mas vá com Deus, filha. Onde estiver, olhe por nós! Você é o amor de minha vida!", destacou ela, que trocou a foto de perfil por uma imagem de luto.

'Vou me tornar o homem que você pedia para eu ser', diz filho

Em outra postagem, Valeria mostrou aos seguidores uma mensagem de despedida do neto, um dos filhos de Elda. O garoto afirmou que amaria a mãe eternamente.

"Juro que vou me tornar o homem que você pedia para eu ser. Você foi a melhor mãe de todo o mundo. Sempre me protegeu e me acompanhou em cada momento na minha vida", ressaltou o jovem.

Valeria também ressaltou que os relatos sobre Elda eram "doloridos e difíceis de ler". Ela prometeu tirar forças do caso para buscar justiça pela filha e lutar contra o feminicídio no país.

"Ninguém poderia ter entrado em nossa casa e, covardemente, lhe tirar a vida! Elas por Elda! Será minha campanha contra esse crime tão vil que é o feminicídio! Eu não terei você de volta... Mas chega de mães e filhos chorarem por esses covardes que fazem isso escondidos, na calada da noite, porque não são homens na frente de outros! Chega!!!", desabafou.

Elda trabalhava como auxiliar de enfermagem na na maternidade da Santa Casa de Lorena. A unidade de saúde lamentou a morte, em nota, e disse que a funcionária deixou "um legado de amor, cuidado e profissionalismo em sua trajetória".


Fonte: O GLOBO

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