Gabigol será julgado por infração antidoping e pode pegar até quatro anos de suspensão

Gabigol será julgado por infração antidoping e pode pegar até quatro anos de suspensão

O caso do atacante do Flamengo, um atleta de "nível internacional", será apreciado pelo Pleno, assim, a fase recursal é a Corte Arbitral do Esporte (CAS).

O julgamento de Gabigol por fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle antidopagem acontece nesta segunda-feira, a partir das 14 horas, em formato remoto e será sigiloso. Daniel Chierighini Barbosa, auditor do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD/AD), será o relator. Gabigol, que deve participar da audiência, responde por infração ao artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem (CBA) e pode pegar até quatro anos de suspensão.

Gabigol tem como advogado de defesa Bichara Neto, especialista no tema. O caso do atacante do Flamengo, um atleta de "nível internacional", será apreciado pelo Pleno e a fase recursal é a Corte Arbitral do Esporte (CAS). Ele foi denunciado pela procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem que cita uma série de comportamentos considerados inadequados do jogador no momento em que passou por teste surpresa.

O teste surpresa foi realizado dia 8 de abril, no CT do clube. Outros atletas também se submeteram aos exames e estavam posicionados na estação de coleta, logo cedo, quando os oficiais de coleta chegaram no local. Todos concordaram em fazer os testes antes do treino, menos Gabigol. O atleta se recusou a tirar sangue antes do treino.

A peça de acusação considera que Gabigol tentou deliberadamente impedir o controle e atrasou as coletas de sangue e urina.

Consta no processo que Gabigol tentou esconder a genitália na hora de urinar no pote e foi agressivo com os oficiais responsáveis pelo exame. Ao urinar "escondido", sem permitir que o fiscal visualizasse a urina saindo do seu pênis, Gabigol deu brecha para ser denunciado por tentativa de fraudar o antidoping. Gabigol, por fim, teria entregue o vaso coletor aberto, ao contrário da orientação.

Além disso, o atleta não pode sumir ou sair da vista dos oficiais de controle. Isso para evitar situações que facilitem a adulteração do resultado.

Existe uma série de protocolos obrigatórios na coleta de amostras e análises. As considerações legais devem ser rigorosamente seguidas para garantir certeza científica, força jurídica e para compartilhamento de dados entre organizações.

Quando o caso se tornou público, em dezembro de 2023, o jogador alegou que o exame deu negativo e negou erro de procedimento. Explicou que só realizou a coleta de sangue duas horas após o treino porque seria protocolo (esse é o prazo para a coleta após exercício físico).


Fonte: O GLOBO

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