AGU defende permanência de Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF

AGU defende permanência de Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF

Entidade disse que decisões do TJRJ desrespeitaram competência do Ministério Público e a autonomia desportiva

A Advocacia Geral da União (AGU) defendeu no Superior Tribunal Federal (STF) a permanência de Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF. O órgão protocolou nesta semana uma petição na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) relatada pelo ministro André Mendonça, que defende a anulação dos acórdãos que afastaram Ednaldo da presidência — decisões já derrubadas por Gilmar Mendes em outra ação.

Este processo foi movido pelo Partido Social Democrático (PSD) e pede a anulação dos acórdãos da 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro proferidos no dia 7 de dezembro. Um deles considerou ilegal o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre o Ministério Público e a CBF sob a alegação de que o MP não teria legitimidade para tratar sobre o assunto. E o outro destituiu a diretoria da confederação indicando um interventor e determinando novas eleições.

A princípio André Mendonça negou o pedido e solicitou que o TJRJ se manifestasse sobre a sua decisão. Quando isso foi feito, em 28 de fevereiro, o ministro pediu que a AGU desse seu parecer.

A petição assinada pelo Advogado-Geral da União, José Messias; pela secretária-geral de contencioso, Isadora de Arruda; e pelo advogado da União Júlio Ribeiro, critica a postura do TJRJ que apenas copiou os textos das decisões. E diz que a anulação dos acórdãos tem duplo fundamento: violação das normas constitucionais concernentes à competência do Ministério Público e desrespeito à autonomia das entidades desportivas.

Eles sustentaram que o TJRJ além de encerrar o processo sem julgar o mérito e ter anulado a um ato extrajudicial que não era objetivo da ação, ignorou “posteriores alterações voluntárias no estatuto da CBF” — o que era exigido no TAC — e após afastar a diretoria “determinou a realização de novas eleições, nomeando como interventor o Presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva – STJD".

Após a decisão de André Mendonça, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) entrou com outra ação no tribunal que foi distribuída para Gilmar Mendes. O partido sustentou de que havia riscos da CBF ser suspensa pela Fifa porque a entidade não permite interferência externa em suas filiadas. E que como consequência, a seleção olímpica poderia ficar de fora do torneio pré-olímpico. O ministro aceitou os argumentos e reconduziu Ednaldo à presidência.

Tanto a decisão de Mendonça quanto a que é relatada por Gilmar Mendes são liminares e precisam ser confirmadas pelo pleno do STF. Porém, até o momento nenhuma das duas decisões foi pautada.


Fonte: O GLOBO

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