Ingresso chegou a R$ 3 mil; segundo o técnico Tata Martino, o argentino, assim como o uruguaio Luis Suárez, estavam lesionados e não puderam jogar
Depois da "Messimania" que tomou conta das ruas, com sucesso na venda de camisas do clube americano — que fez com que o rosa, cor do uniforme, dominasse as ruas — um desconforto manteve o argentino no banco durante toda a partida. Os 38 mil torcedores presentes, que pagaram até 4.800 dólares de Hong Kong no ingresso (equivalente a R$ 3 mil), fizeram coro para vaiar La Pulga toda vez que seu rosto aparecia nos telões. Das arquibancadas, o público gritava “reembolso!”.
O governo de Hong Kong divulgou duas declarações na noite de domingo. Declarou-se “extremamente desiludido” e ameaçou retirar os 1,9 milhões de euros (cerca de R$ 10 milhões) de financiamento público à organizadora do evento, a Tatler Asia, um meio de comunicação especializado em moda e estilo de vida.
“Uma das principais condições do nosso acordo de financiamento com a Tatler Asia era que Messi participasse no jogo durante pelo menos 45 minutos, exceto por motivos relacionados com a sua condição física e segurança”, disse Kevin Yeung, secretário da Cultura, Esporte e Turismo em Hong Kong, nesta segunda-feira, em conferência de imprensa. “Ontem, antes do jogo começar, [...] Tatler Asia reafirmou que Messi iria jogar no segundo tempo”, explicou.
Segundo Yeung, o governo local tentou negociar com a organizadora após constatar que o jogador de 36 anos não entrou em campo no início do segundo tempo. O governo pediu que outras soluções fossem “estudadas, como Messi entrar em campo para cumprimentar seus torcedores e receber o troféu”, disse Yeung. "Infelizmente, como você pode ver, isso não funcionou."
Do elenco estrelado, o uruguaio Luis Suárez também ficou de fora da partida. Mas, ao menos, foi visto pelo público ao aquecer na beira do gramado. Messi sequer saiu do banco, mesmo com o clamor das arquibancadas, que gritavam "Queremos Messi!". Segundo o técnico Gerardo Martino, o Tata, o camisa 10 tem uma inflamação no adutor, enquanto Suárez enfrenta problemas no joelho.
— Foi uma decisão tomada junto com o corpo médico. Corríamos muito risco de agravar suas lesões — observou Tata Martino, que completou: — Entendemos a decepção que têm da gente. Pedimos desculpas.
Messi não sai do banco e é vaiado em Hong Kong — Foto: PETER PARKS / AFP
Sem Messi ou Suárez em campo, os fãs puderam acompanhar a atuação de Sergio Busquets e Jordi Alba, também ex-Barcelona, que atuaram por meia hora. Mesmo assim, o Inter Miami venceu o amistoso contra um time formado por jogadores de clubes do campeonato local, pelo placar de 4 a 1.
Com a pretensão de se tornar uma equipe global, o time de Messi viaja ainda ao Japão, onde enfrenta o Vissel Kobe, na próxima quarta-feira. Já em Miami, outro amistoso está marcado, contra o Newell's Old Boys, clube que revelou La Pulga, no próximo dia 15.
Fonte: O GLOBO
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