Censo 2022: Pará, Amapá e Rondônia ainda têm menos da metade da população com água encanada

Censo 2022: Pará, Amapá e Rondônia ainda têm menos da metade da população com água encanada

Entre as cidades, Manaus, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São Gonçalo ainda têm mais de 20 mil moradores sem qualquer acesso à água na torneira

O serviço de abastecimento de água canalizada cresceu nos últimos 12 anos no país, mas ainda está longe de ser universalizado. Menos da metade da população que mora no Pará, Amapá e Rondônia, três estados da Região Norte, tem acesso à rede geral como fonte principal de acesso. São os únicos estados em que o serviço ainda não alcança a maior parte dos lares.

É o que mostram os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE, que reúne informações sobre saneamento. O acesso à rede geral de água cresceu em 23 das 27 unidades da federação entre 2010 e 2022, mas caiu em quatro estados.

Para chegar a essa conclusão, o IBGE analisa o percentual de moradores que tem o acesso à rede geral de água como sua fonte principal de abastecimento.

No Amapá, 43% dos moradores informaram ter a rede geral como principal fonte de abastecimento de água. Em Rondônia, esse percentual é de 45%. No Pará, a proporção é de 48% - nos últimos 12 anos, houve uma pequena melhora no estado, com alta de um ponto percentual nesse indicador. São as únicas unidades da federação em que o percentual de moradores com acesso à rede geral é inferior a 50%.

Na outra ponta, São Paulo e Distrito Federal têm percentual de cobertura acima de 92%, mais que o dobro do observado do Amapá.

Falta de água encanada é maior no Norte e Nordeste

A proporção de pessoas morando em lares sem água encanada é mais elevada no Norte e Nordeste, conforme aponta o IBGE. Esse percentual é de 6,5% e 6%m respectivamente. São valores dez vezes superiores ao observado no Centro-Oeste (0,5%), Sudeste (0,4%) e Sul (0,2%).

Para se ter ideia da situação , a proporção de pessoas sem água encanada no Norte e Nordeste é três vezes a verificada no Sul (2,5%) e Sudeste (2%) 22 anos atrás, segundo o recenseamento de 2000.

O IBGE mudou a forma como classifica o abastecimento de água nos domicílios. Em 2022, os moradores informavam qual era a principal forma de abastecimento de água, no caso dos respondentes que indicavam mais de uma modalidade.

Em 2010, o recenseador só registrava a forma que se enquadrava primeiro na ordem relacionada. Assim, o Censo em 2010 investigou a “melhor forma” de abastecimento de água, enquanto em 2022 investigou a “principal forma”.

No Sudeste, lares em grandes cidades ainda não têm água nas torneiras

Quando se analisam os municípios brasileiros, a falta d’água na torneira também afeta milhares de pessoas que moram nas grandes cidades. Municípios populosos como Manaus (AM), Nova Iguaçu (RJ), Duque de Caxias (RJ) e São Gonçalo (RJ) ainda têm mais de 20 mil moradores sem acesso à água encanada dentro de casa.

No Censo de 2010, a situação mais crítica era a da capital amazonense. Manaus era o município do país com mais pessoas sem água encanada: 131 mil moradores. Em seguida aparecia Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e Belém (PA).

Hoje, Porto Velho e Rio Branco já deixaram o ranking das 30 cidades com mais moradores sem acesso à água pela rede geral. E a cidade de Belém saiu da 4ª para a 18º posição, com o contingente caindo de 72 mil para 19 mil.

Mas há grandes cidades no estado do Rio de Janeiro que ainda ocupam posições elevadas no ranking, a despeito de alguma queda do contingente de moradores sem água encanada nos últimos 12 anos. É o caso de Nova Iguaçu (RJ), Duque de Caxias (RJ), São Gonçalo (RJ) e Belford Roxo (RJ).


Fonte: O GLOBO

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