A aeronave com matrícula PP-VLU partiu do aeroporto de Narita, em Tóquio, com seis tripulantes a bordo, incluindo o comandante Gilberto Araújo da Silva — que também sobreviveu ao voo Varig 820 que fez um pouso de emergência próximo do Aeroporto Paris Orly.
A decolagem do cargueiro aconteceu às 20h23 do horário local e apenas trinta minutos depois a aeronave desapareceu dos radares, quando já sobrevoava o Oceano Pacífico. Uma hora após a decolagem, havia um contato marcado com os controladores de voo, mas os pilotos não retornaram a ligação. Como já era noite, as buscas foram iniciadas somente na manhã seguinte, mas os trabalhos para localizar a aeronave não renderam frutos.
Nos meses após o desaparecimento, as áreas de busca chegaram a ser ampliadas, mas nada foi encontrado. Nem manchas de óleo, assentos, pedaços da fuselagem ou corpos. Nunca houve rastro do paradeiro do Boeing 707.
"Não foi possível encontrar nenhum indício que lançasse qualquer luz sobre as causas do desaparecimento da aeronave”, disse a Varig em um relatório sobre o caso.
Além de equipamentos eletrônicos, computadores, peças para a indústria naval e máquinas de costura, o cargueiro da Varig transportava quadros de Manabu Mabe avaliados em US$ 1,2 milhão. O fato das obras estarem no voo foi motor para a criação de várias teorias conspiratórias, como um sequestro por colecionadores de arte.
Semelhanças com o MH370 da Malaysia Airlines
O mistério à brasileira recorrentemente é lembrado quando se fala no MH370 da Malaysia Airlines. O Boeing 777-200 desapareceu em março de 2014 enquanto voava de Kuala Lumpur a Pequim, com 239 passageiros a bordo, além da tripulação. Mesmo quase uma década depois, não há indícios concretos do que aconteceu com a aeronave ou com quem estava a bordo do avião.
Um relatório oficial da empresa responsável pelo voo indica que a rota do avião foi alterada manualmente em direção ao Mar Andaman, no Sul da Birmânia. Dados de um radar militar analisados por especialistas indicam que o MH370 pode ter voado em direção ao Oceano Índico e à Antártida por seis horas até cair quando o combustível acabou.
Porém, as teorias conspiratórias não param de ressurgir - e vão desde abdução alienígena e uma possível explosão, ao abatimento do avião por parte dos Estados Unidos ou Rússia.
Fonte: O GLOBO
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