Operação da PF em gabinete de Carlos Jordy na Câmara tem corredor isolado e entra e sai de agentes

Operação da PF em gabinete de Carlos Jordy na Câmara tem corredor isolado e entra e sai de agentes

Parlamentar é um dos alvos da 24ª fase da Operacao Lesa Pátria, que apura atos golpistas de 8/1

Agentes da Polícia Federal chegaram por volta das 7h10 desta quinta-feira no gabinete do deputado federal Carlos Jordy (PL-SP) para cumprir mandado de busca e apreensão no escritório do parlamentar na Câmara dos Deputados, onde ficaram por cerca de duas horas. O parlamentar é um dos alvos da 24ª fase da Operacao Lesa Pátria, que apura as responsabilidades pelos atos golpistas de 8/1.

O gabinete 786, que fica localizado no Anexo III da Câmara, ficou com acesso restrito no período em que os agentes realizavam as buscas. Uma faixa posicionada no início do corredor impediu a aproximação de servidores do gabinete no local, onde cerca de seis agentes da PF entram e saem, observados por um policial legislativo.

A Polícia Legislativa foi avisada da operação e acompanhou os policiais desde o início da ação.

Além das buscas no gabinete, está sendo cumprido mandado de busca e apreensão na casa do parlamentar, em Niterói, região metropolitana do Rio. A ação tem o objetivo de identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram atos antidemocráticos ocorridos entre outubro de 2022 e o início do ano passado, no interior do estado do Rio de Janeiro. Pelas redes sociais, o parlamentar aliado de Jair Bolsonaro classificou o mandado judicial como uma "medida autoritária".

De acordo com a PF, ao todo, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, no Rio (8) e no Distrito Federal (2). “Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”, informou a corporação, em nota.

Líder da oposição na Câmara e pré-candidato à prefeitura de Niterói pelo partido de Jair Bolsonaro, Jordy (PL-RJ) é suspeito de promover atos antidemocráticos que contestavam o resultado das eleições presidenciais no ano retrasado, como bloqueios das rodovias no interior do Rio de Janeiro.

As investigações apontam que esses atos liderados pelo deputado podem ter culminado nas invasões e depredações das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Na ocasião, os prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto foram destruídas.


Fonte: O GLOBO

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