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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira que as modificações do texto da Reforma Tributária no Senado, com aumento da lista de exceções, devem aumentar em meio ponto percentual a alíquota base do novo imposto.
- Em relação à versão que saiu da Câmara, aumenta em cerca de meio ponto (a alíquota padrão). Não chega a 28%. Como ampliaram as exceções, amplia em cerca de meio ponto. Essa estimativa demos à equipe técnica do Senado. Estamos dando transparência em tudo - afirmou o ministro.
Ele pontuou que ainda assim, em relação à carga tributária atual, haverá queda para a maioria dos setores.
- Quanto menos exceções, melhor para o país. Mas a carga cairá para a maioria dos setores. Queremos promulgar a emenda constitucional ainda este ano - disse Haddad.
Ele afirmou que o governo precisa de 49 votos para aprovação no Senado, mas trabalhará para garantir uma folga, com até 60 votos na Casa.
- Vamos concluir uma tarefa histórica, depois de 40 anos. Ela é perfeita? Nada é perfeito. Mas à luz do que temos, o salto de qualidade é inestimável. Vamos figurar entre os bons sistemas tributários do mundo, obviamente que temos uma transição, mas haverá efeitos sobre as expectativas de curto prazo - afirmou.
O ministro disse que o texto de Braga foi analisado "ponto por ponto".
- Fizemos um batimento de ponto por ponto da Reforma Tributária. São pequenos ajustes, às vezes detalhes de redação para evitar judicialização. Às vezes é uma proposta que ele recebeu de última hora, que ele quer uma relação de impacto. Estou muito seguro de que o relatório está bem feito e teremos uma maioria boa no Senado e que vai ser possível promulgar a emenda constitucional ainda este ano.
Meta de primário 'zero'
Perguntado sobre a meta de déficit zero em 2024, o ministro disse que não iria comentar. Afirmou que iria se limitar a falar sobre a Reforma Tributária.
- Tenho sido muito transparente, mas não vou comentar esse assunto. Vim para falar da Reforma Tributária - disse Haddad.
Fonte: O GLOBO
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Economia