Conselho da Previdência adia decisão sobre mudança na taxa de juros do consignado do INSS

Conselho da Previdência adia decisão sobre mudança na taxa de juros do consignado do INSS

Reunião desta segunda-feira terminou sem acordo sobre a proposta do governo e a proposta do governo será reavaliada na próxima semana

O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) adiou decisão sobre alteração na taxa de juros do consignado para aposentados e pensionistas do INSS e beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada). O colegiado se reuniu nesta segunda-feira para discutir a proposta do Ministério da Previdência, mas não houve mudança no teto.

Sem acordo, não houve definição sobre a pretensão do governo, que quer reduzir o teto de juros do empréstimo, com desconto em folha, de 1,84% para 1,77% ao mês. Na modalidade de cartão de crédito consignado, o percentual proposto baixaria de 2,76% para 2,69%.

Diante da pressão de representantes do setor financeiro, ficou acertado que o governo vai ouvir o Banco Central (BC) sobre os impactos da medida. Uma nova reunião do CNPS foi marcada para segunda-feira a fim de definir a nova taxa.

Segundo interlocutores, o ministério quer, inclusive, igualar o teto dos juros do cartão de crédito dos beneficiários do INSS à taxa do consignado futuramente.

O plano do ministro da Previdência, Carlos Lupi, é reduzir os juros do consignado no compasso da Selic, taxa básica da economia em 12,25% ao ano. Antes mesmo do Banco Central começar a reduzir a Selic, Lupi cortou o teto dos juros do consignado no INSS de 2,14% ao mês para 1,70%, em março. Mas teve que recuar para 1,97%, diante do fechamento da linha pelos bancos.

Depois disso, a taxa do consignado caiu para 1,91% em agosto e 1,84% ao mês em outubro.

O setor financeiro não concorda com a estratégia do ministro, alegando aumento dos custos de captação, apesar da trajetória de queda na Selic. Uma das consequências é a queda na oferta da modalidade pelas instituições financeiras.

O CNPS é formado por 15 integrantes, sendo seis do governo federal, três dos empregadores (setor financeiro, comércio e indústria), três trabalhadores e três dos aposentados e pensionistas.


Fonte: O GLOBO

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