Clube de futebol australiano é condenado a pagar maior indenização da história para um caso de pedofilia

Clube de futebol australiano é condenado a pagar maior indenização da história para um caso de pedofilia

Justiça considerou que os Western Bulldogs não garantiram a proteção da vítima, que foi abusada pelo treinador; clube vai pagar mais de R$ 18 milhões

O clube de futebol australiano Western Bulldogs foi condenado a pagar mais de R$ 18 milhões a uma vítima de abuso sexual e pedofilia. A indenização é a maior já registrada na Austrália para casos desse tipo, e o clube de futebol foi o primeiro do país a ser condenado por não ter tomado medidas efetivas para proteger as vítimas de abusos.

O julgamento ocorreu no Supremo Tribunal de Vitória, onde seis jurados avaliaram que houve negligência por parte do clube, quando em 1984 Adam Kneale foi abusado nas instalações do clube por seu treinador, Graeme Hobbs. A violência era recorrente e, segundo Kneale, durou até 1990.

A vítima, hoje com 51 anos, denunciou o treinador à polícia de Melbourne em 1993, mas o processo só foi encerrado em 2023, 20 anos depois. O treinador acabou preso, junto com outro homem, acusados de envolvimento em uma rede que agenciava vítimas menores de idade para serem abusadas por outros pedófilos. 

Hobbs chegou a confessar que era culpado, mas o Western Bulldogs manteve a posição de que desconhecia totalmente o crime.

Em nota, o clube afirmou que acredita que não violou nenhum dever com o então atleta, apesar da decisão contrária do juri, e que o time de futebol vai recorrer da decisão.

“O abuso contra o Sr. Kneale foi objeto de uma investigação criminal pela Polícia de Victoria e pelas autoridades relevantes no início da década de 1990, resultando na apresentação de várias acusações, na manutenção de uma condenação criminal e no subsequente cumprimento de uma pena de prisão pelo infractor. O Clube reitera a sua tristeza pelo sofrimento sofrido pelo Sr. Kneale na altura e reconhece a dor que continua a carregar como resultado do trauma que sofreu”, diz a nota.


Fonte: O GLOBO

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