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Porto Velho, RO - Os últimos momentos do segundo dia do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na noite desta terça-feira, deram pistas de que o ministro Raul Araújo, próximo a votar após o posicionamento a favor da inelegibilidade por parte do relator Benedito Gonçalves, não deve pedir vista do processo na próxima quinta, quando a apreciação do caso será retomada na Corte.
Araújo era visto por aliados do ex-presidente como a principal esperança para adiar um provável desfecho negativo, mas, ao tomar a palavra, pediu apenas que o julgamento fosse suspenso e reiniciado na quinta em razão "do adiantado da hora".
Para integrantes do TSE ouvidos reservadamente pelo GLOBO na noite desta terça, o comportamento do ministro sinaliza que ele não deve pedir vista. Na avaliação destes magistrados, caso pretendesse seguir esse caminho, o ministro poderia fazê-lo desde já, em vez de solicitar o prosseguimento na análise na próxima sessão.
Desde a última sexta-feira, após declarações de Bolsonaro que chegaram a citar nominalmente o magistrado, passou a se especular a possibilidade de que uma interrupção no julgamento se concretizasse. O ex-presidente é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por conta de uma reunião com embaixadores ocorrida no ano passado, enquanto ainda chefiava o Planalto.
— O primeiro ministro a votar depois do relator, o ministro Benedito, é o ministro Raul. Ele é conhecido por ser um jurista com bastante apego à lei. Apesar de estar em um tribunal político eleitoral, há uma possibilidade de ele pedir vista. Isso é bom porque ajuda a gente a ir clareando os fatos — disse o ex-presidente em entrevista à Rádio Gaúcha na última sexta.
A apuração do GLOBO junto a ministros do TSE, no entanto, indica que essa hipótese é praticamente inexistente. Na próxima quinta, quando o julgamento for retomado, a expectativa é que Araújo vote normalmente, e a análise da ação seja concluída. Como já havia mostrado O GLOBO, a aposta dos ministros é que dificilmente haverá um pedido de vista, ainda que seja possível votos divergentes do que propôs o relator.
Nesta terça-feira, o ministro Benedito Gonçalves pediu a condenação de Bolsonaro à inelegibilidade por oito anos em razão dos abusos cometidos com a realização do encontro com diplomatas, realizado em 18 de julho de 2022. Na ocasião, o ex-presidente mais uma vez proferiu ataques, sem apresentar provas, ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas.
Em um duro voto de mais de 300 páginas, o ministro, que é corregedor-geral da Justiça Eleitoral, apontou elementos de um golpismo que revestia o discurso contrário às eleições. Caso ele seja acompanhado pela maioria dos integrantes do TSE, Bolsonaro não poderá disputar eleições até 2030.
Fonte: O GLOBO
Para integrantes do TSE ouvidos reservadamente pelo GLOBO na noite desta terça, o comportamento do ministro sinaliza que ele não deve pedir vista. Na avaliação destes magistrados, caso pretendesse seguir esse caminho, o ministro poderia fazê-lo desde já, em vez de solicitar o prosseguimento na análise na próxima sessão.
Desde a última sexta-feira, após declarações de Bolsonaro que chegaram a citar nominalmente o magistrado, passou a se especular a possibilidade de que uma interrupção no julgamento se concretizasse. O ex-presidente é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por conta de uma reunião com embaixadores ocorrida no ano passado, enquanto ainda chefiava o Planalto.
— O primeiro ministro a votar depois do relator, o ministro Benedito, é o ministro Raul. Ele é conhecido por ser um jurista com bastante apego à lei. Apesar de estar em um tribunal político eleitoral, há uma possibilidade de ele pedir vista. Isso é bom porque ajuda a gente a ir clareando os fatos — disse o ex-presidente em entrevista à Rádio Gaúcha na última sexta.
A apuração do GLOBO junto a ministros do TSE, no entanto, indica que essa hipótese é praticamente inexistente. Na próxima quinta, quando o julgamento for retomado, a expectativa é que Araújo vote normalmente, e a análise da ação seja concluída. Como já havia mostrado O GLOBO, a aposta dos ministros é que dificilmente haverá um pedido de vista, ainda que seja possível votos divergentes do que propôs o relator.
Nesta terça-feira, o ministro Benedito Gonçalves pediu a condenação de Bolsonaro à inelegibilidade por oito anos em razão dos abusos cometidos com a realização do encontro com diplomatas, realizado em 18 de julho de 2022. Na ocasião, o ex-presidente mais uma vez proferiu ataques, sem apresentar provas, ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas.
Em um duro voto de mais de 300 páginas, o ministro, que é corregedor-geral da Justiça Eleitoral, apontou elementos de um golpismo que revestia o discurso contrário às eleições. Caso ele seja acompanhado pela maioria dos integrantes do TSE, Bolsonaro não poderá disputar eleições até 2030.
Fonte: O GLOBO
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