Líder do União diz que superbloco da Câmara "não quer celeuma com governo"

Líder do União diz que superbloco da Câmara "não quer celeuma com governo"

Grupo é o maior da Câmara e tem partido de Lira ao lado de siglas da situação

Porto Velho, RO
- O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), afirmou ontem, quarta-feira que o bloco majoritário do qual ele faz parte não irá "criar celeuma" com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. União e PP articularam a criação do maior bloco da Casa e atraíram PSB e PDT, partidos governistas.

– Para isso e para significar que não há qualquer tipo de interesse de criar, sobretudo com o governo, qualquer tipo de celeuma, nós deputados que estão aqui representados pelos seus líderes, teremos aqui um foro de discussão e decisões sempre pensando pelos interesses da população brasileira – declarou em entrevista coletiva após o anúncio da formação do bloco.

Adversário do PT na Bahia, Elmar tem uma relação conturbada com o Palácio do Planalto e chegou a ser vetado no comando da Integração Nacional. A pasta ficou com Waldez Goes, aliado do senador Davi Alcolumbre (União-AP).

Apesar de falar que o bloco vai colaborar com o governo. O deputado afirmou que o União continua com a posição de independência em relação ao governo Lula e citou outros partidos do grupo na mesma situação, como PP e PSDB.

Nas redes sociais, Lira comemorou a criação do bloco e disse que ele vai "somar, não confrontar".

– O bloco é a demonstração de compromisso e responsabilidade com o País. Vamos somar, não confrontar. Atuar juntos na construção de políticas em prol da sociedade. Respeitando as opiniões e a diversidade. Esse é o melhor caminho para apreciação dos projetos importantes para o país – declarou.

Além do União Brasil, o bloco é formado pelo PP, partido de Lira, e por PSDB, Cidadania, Solidariedade, Patriota, Avante, PSB e PDT. O deputado Felipe Carreras (PSB-PE), da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será o primeiro a liderar o grupo. No segundo semestre, o deputado André Figueiredo (PDT-CE), também da base, irá comandar o bloco.

– Decidimos que esse colegiado tomará decisões que será coordenado por um rodízio líderes a ser iniciado por líderes experientes, compromissados com essa Casa, e que estão mais afinados com o governo – disse Elmar. Mesmo vetado no ministério, o deputado do União conseguiu controle sobre o segundo escalão do governo e manteve um apadrinhado na Codevasf.

A articulação é uma reação a formação de outro bloco, que reúne MDB, PSD, Podemos e Republicanos, que reúne 142 deputados. Todos os partidos dos dois blocos apoiaram a reeleição de Lira, mas racharam neste início de legislatura. Os grupos vão disputar relatorias de projetos e propostas e cargos em comissões na Câmara de forma separada e tendem a se enfrentar na disputa pela sucessão de Lira em 2025.


Fonte: O GLOBO

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