Janja vai receber salário por cargo em organização internacional? Entenda

Janja vai receber salário por cargo em organização internacional? Entenda

Primeira-dama será a nova coordenadora da Rede de Inclusão e Combate à Desigualdade da Organização dos Estados Ibero-Americanos

Porto Velho, RO - A primeira-dama Rosângela da Silva, esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), será a nova coordenadora da Rede de Inclusão e Combate à Desigualdade da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI). Com o anúncio, um dos principais questionamentos suscitados foi a remuneração que a socióloga receberia pela função.

O posto, na verdade, não prevê ordenado. Janja não terá remuneração e, na organização, o Brasil seguirá sendo representado pelo diretor do escritório regional da OEI, Raphael Callou. Na função, ela irá discutir políticas públicas para o combate à desigualdade na educação, cultura e direitos humanos entre 23 países membros do organismo multilateral. O objetivo da rede é fomentar análises e debates por meio de estudos, seminários e trocas de experiência.

O convite para assumir o posto foi feito pelo secretário-geral da OEI, Mariano Jabonero, na sede da entidade em Madri. Janja acompanhou o presidente Lula em viagem oficial a Portugal e Espanha. Os dois chegaram ao Brasil na noite desta quarta-feira, depois de seis dias de viagem.

Janja também não recebe salário por seu trabalho junto ao governo federal. Passado mais de um mês desde que foi anunciado que ela decidiu assumir um cargo formal não remunerado na estrutura do governo, sua nomeação ainda não foi oficializada. A socióloga, no entanto, continua a despachar diariamente em seu gabinete no terceiro andar do Palácio do Planalto e participa de reuniões e decisões chaves na gestão do marido.

A expectativa era que Janja assumisse uma função no novo Gabinete de Ações Estratégicas em Políticas Públicas, vinculado à Presidência. O posto funcionaria como braço do governo para ações estratégicas de articulação política entre diferentes ministérios e aconselhamento do presidente.

O GLOBO apurou que nas discussões internas Janja foi aconselhada a não assumir o posto para não correr o risco de se tornar alvo da oposição. A partir do momento que tivesse a sua participação no governo formalizada, a primeira-dama poderia eventualmente ser convocada, por exemplo, para prestar esclarecimentos em comissões do Congresso Nacional. 

Apesar dos argumentos contrários, ainda não há uma definição se a participação de Janja no governo será ou não oficializada.

A primeira-dama tem se mostrado cada dia mais uma peça forte dentro do governo de Lula. Depois de participar ativamente das negociações que fizeram o Ministério da Fazenda recuar da tributação de compras de importados na internet, ela foi também uma das principais vozes em favor da saída do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias. 

Esses não foram, no entanto, os primeiros momentos em que a influência da socióloga junto ao presidente foi evidenciada, mostrando que Janja busca uma atuação bem mais ativa dentro do governo do que suas antecessoras, que optaram por trabalhos restritos à área social.

Salário Michelle

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que em março assumiu o cargo de presidente do PL Mulher, já ganhou uma promoção no posto. Com um reajuste de 7%, ela passará a receber R$ 41.650,91 a partir de maio. O salário é o mesmo pago pelo PL ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), presidente de honra do partido.


Fonte: O GLOBO

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