Análise: Estreia do Botafogo na Sul-Americana deixa a sensação de que time não consegue evoluir

Análise: Estreia do Botafogo na Sul-Americana deixa a sensação de que time não consegue evoluir

 

Erros individuais e falta de criação custaram o empate diante do Magallanes, no Chile

Fosse em outro contexto, o 2 a 2 com o Magallanes-CHI, fora de casa, até poderia ser considerado um bom resultado para o retorno do Botafogo às competições internacionais depois de quatro anos. Mas a estreia na Copa Sul-Americana voltou a deixar o torcedor com a sensação de que a equipe de Luis Castro não consegue dar o tão esperado passo a mais em sua evolução. Foi um festival de erros individuais e de desorganização.

O gol de Tiquinho Soares logo aos 5 minutos foi uma ilha no primeiro tempo do Botafogo. Não só por ter sido a única vez que os alvinegros balançaram a rede, mas porque foi também um momento raro de marcação por pressão e de oportunismo. Victor Sá apertou a saída do Magallanes e obrigou a zaga a recuar para Gastón Rodriguez. O goleiro dominou mal e chutou em cima do camisa 9, que não desistira da jogada.

Só que a vantagem não tinha como durar muito. Com a bola nos pés, o Botafogo sofreu com um meio de campo que não criou (Gabriel Pires e Eduardo fizeram um primeiro tempo apático) e dependeu da boa leitura de jogo de Tiquinho e das jogadas individuais de Victor Sá. Na marcação, deixou buracos enormes entre as linhas e deu espaço.

Aos 16, pagou um preço caro. Zapata ganhou de Di Placido e acionou Thomas Jones, que cruzou com toda liberdade para Canales. Ocupando um vácuo entre as linhas, o chileno chutou colocado da entrada da área tirando do alcance de Perri.

Não que o Magallanes tenha feito uma grande atuação, tanto que não foi capaz de levar perigo maior até o intervalo. Mas o Botafogo não conseguiu enxergar e consertar seus erros.

Na volta do intervalo, até pareceu que isso tinha acontecido. Com Gabriel Pires e Eduardo mais participativos e os lados sendo mais explorados, o Botafogo chegou com mais perigo. E ainda foi beneficiado com a justa expulsão de Villanueva, aos 5. Ao 13, Gabriel ajeitou com o peito o escanteio de Marçal, e Eduardo concluiu para desempatar.

Mas, novamente, o time desperdiçou a vantagem que caiu em seu colo. Mesmo com um a mais, esfriou depois do gol, voltou a errar demais e deixou o Magallanes crescer. Já acomodado com a vantagem numérica e no placar, viu ela se desidratar na falha grosseira de Tchê Tchê. Aos 29, o volante tentou tocar para Cuesta, sem ver que Contreras estava no seu encalço. A bola sobrou para o rival, que driblou o zagueiro e empatou. Um gol que, apesar de amargo para o torcedor, decretou um placar até mais justo.

Com o empate, o Botafogo termina a primeira rodada dividindo a segunda colocação com o próprio Magallanes. A LDU lidera. Daqui a duas semanas, os alvinegros recebem os peruanos do Cesar Vallejo.


Fonte: O GLOBO

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