Neto de ex-presidente sul-coreano é detido por uso de drogas no exterior

Neto de ex-presidente sul-coreano é detido por uso de drogas no exterior

Chun Woo-won é neto do general que ficou conhecido como "açougueiro de Gwangju" por ordenar que suas tropas sufocassem uma revolta naquela cidade em 1980

Porto Velho, RO -
O neto de um ex-presidente sul-coreano que acusou sua família de corrupção, em uma série de publicações erráticas nas redes sociais, foi detido ao desembarcar em Seul nesta terça-feira, por suspeita de uso de drogas no exterior. Chun Woo-won, de 27 anos, mora em Nova York, mas a legislação de seu país natal proíbe o consumo de drogas ilegais independentemente de onde estejam seus cidadãos.

Neto de Chun Doo-hwan, que governou a Coreia do Sul no período da ditadura militar, Chun Woo atraiu ampla cobertura da imprensa local a partir da série de acusações sobre sua família que foram transmitidas ao vivo no Instagram e no YouTube.

O jovem foi detido na chegada e submetido a testes de detecção de drogas antes que a polícia apresentasse acusações oficiais, disseram as autoridades.

Durante uma transmissão recente, Chun ingeriu o que descreveu como narcóticos ilegais e teve que ser levado de ambulância para o hospital. Seu pai indicou que Chun sofre de depressão.

O neto do ex-presidente já havia declarado a intenção de retornar para a Coreia do Sul e prestar contas. Também disse que pretende pedir desculpas às vítimas do governo de seu avô na década de 1980.

— Sou grato pela oportunidade de me desculpar aqui, na Coreia do Sul — disse ele a jornalistas no Aeroporto Internacional de Incheon, enquanto era escoltado pela polícia.

Chun Doo-hwan tinha o posto de general quando assumiu o controle da Coreia do Sul em um golpe militar após o assassinato em 1979 do ex-líder Park Chung-hee.

Ele foi presidente de 1980 a 1988 e é conhecido como o "açougueiro de Gwangju" por ordenar que suas tropas sufocassem uma revolta naquela cidade do sudoeste em 1980.

Cerca de 200 pessoas morreram, ou desapareceram, durante o levante de Gwangju, segundo dados oficiais. Ativistas dizem, no entanto, que o número pode ter sido três vezes maior.


Fonte: O GLOBO

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