Defesa de Moro diz que PT 'pegou carona' com partido de Bolsonaro em ação para cassar senador

Defesa de Moro diz que PT 'pegou carona' com partido de Bolsonaro em ação para cassar senador

A Justiça Eleitoral do Paraná uniu as ações movidas pelo PT e PL contra Moro no mesmo processo

Porto Velho, RO -
A defesa de Sergio Moro (União-PR) afirma que o PT “pegou carona” na ação apresentada pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, que pede a cassação do mandato do senador. A contestação foi apresentada na última sexta-feira ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

O advogado de Moro, Gustavo Guedes, solicita que a ação seja julgada improcedente e pede que o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) seja ouvido como testemunha de defesa. A Justiça Eleitoral do Paraná uniu as ações movidas pelo PT e PL contra Moro no mesmo processo.

O partido de Lula acusa Moro de ter feito ilegalidades como triangulação de recursos e simulado sua pré-candidatura presidencial pelo Podemos para gastar mais que o permitido pela lei. Foram apontadas suposta violação às normas de financiamento de campanha e prática de abuso de poder econômico. Os argumentos são os mesmos levados à Justiça eleitoral pelo PL e que foram rechaçados pela defesa de Moro.

“Já aqui, nesta ação, com o máximo respeito, os olhos seguem turvados. Se a visão pretendida não é única, certo de que o PT acabou por pegar carona em AIJE do PL (ah essa política... quem diria!), uma vez mais a escolha pelo conselheiro não se revelou adequada. É que como a sorte do acessório segue a do principal, conforme já sustentado na ação paradigma, ela não revela condições processuais de seguir, tanto mais de produzir qualquer efeito em seu mérito, diante da inocorrência de ilegalidades”, afirma o advogado Gustavo Guedes na peça.

Na peça, o advogado de Moro solicita que os pedidos de quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-juiz e envolvidos no processo, como seu suplente no Senado, Felipe Cunha, seja negada. Guedes argumenta que a medida seria “absolutamente ilegal, por não possuir fundamento idôneo” e que as solicitações são genéricas

“Os pedidos formulados de quebra de sigilos são genéricos. Ausente a delimitação temporal dos dados e documentos atingidos, bem como a discriminação específica de quais documentos e dados serão objeto das diligências desta Justiça Especializada, não se revela possível o deferimento das medidas pretendidas”, escreve a defesa de Moro.


Fonte: O GLOBO

Postar um comentário

Please Select Embedded Mode To Show The Comment System.*

Postagem Anterior Próxima Postagem