Apenas na costa turca, entre fevereiro e meados de maio, foram encontrados mais de 100 golfinhos mortos, segundo a Fundação Turca de Pesquisa Marinha, considerando que houve um "aumento extraordinário" na região, informou o jornal "The Guardian".
O biólogo marinho Pavel Goldin, do Instituto Schmalhausen de Zoologia, na Ucrânia, disse à NBC News que, ao serem expostos ao sonar de baixa frequência dos navios, os golfinhos ficam "desorientados" e não conseguem encontrar presas. O barulho do aumento da atividade naval também poderia deixá-los "confusos e assustados", fazendo com que nadem muito perto de margens desconhecidas e acabem em redes de pesca.
O ecologista ucraniano Ivan Rusev, diretor de pesquisa do Parque Natural Nacional dos Estuários de Tuzla, na Ucrânia, documenta os 101 dias da guerra em sua página no Facebook. Ao postar imagens de golfinhos mortos, ele disse que observou em seus corpos marcas de queimaduras por bombas, ferimentos internos e sinais de que não se alimentavam havia dias.
Para Rusev, é possível que "vários milhares de golfinhos" já tenham morrido no período da guerra, citando dados coletados por ele e sua equipe ao longo de três meses, junto a outros pesquisadores europeus.
“Enfatizo mais uma vez que houve sérias baixas da guerra entre os golfinhos no Mar Negro nas últimas semanas”, afirmou Rusev em post de 2 de junho.
Também alertando sobre o número crescente de mortes de golfinhos está a Fundação Turca de Pesquisa Marinha, que informou que a guerra provoca uma "crise na biodiversidade" por meio de "efeitos devastadores" no ambiente marinho.
“Enfatizo mais uma vez que houve sérias baixas da guerra entre os golfinhos no Mar Negro nas últimas semanas”, afirmou Rusev em post de 2 de junho.
Também alertando sobre o número crescente de mortes de golfinhos está a Fundação Turca de Pesquisa Marinha, que informou que a guerra provoca uma "crise na biodiversidade" por meio de "efeitos devastadores" no ambiente marinho.
Em um comunicado, a organização citou a destruição das algas vermelhas ameaçadas de extinção, que atuam como um "solo vivo" para muitas espécies marinhas, e das áreas de alimentação de peixes, além de golfinhos. Também destacou o perigo de vazamento de petróleo e gás no mar de navios militares afundados.
“Além da poluição marinha, também se sabe que o ruído intenso dos navios e os sonares de baixa frequência são uma séria ameaça às espécies marinhas, especialmente os golfinhos que usam meios ativados pelo som”, alertou a fundação de pesquisa.
“Além da poluição marinha, também se sabe que o ruído intenso dos navios e os sonares de baixa frequência são uma séria ameaça às espécies marinhas, especialmente os golfinhos que usam meios ativados pelo som”, alertou a fundação de pesquisa.
Fonte: O GLOBO