Champions: Final entre Real Madrid e Liverpool opõe estilos diferentes de gestão de futebol

Champions: Final entre Real Madrid e Liverpool opõe estilos diferentes de gestão de futebol

Quatro anos depois de primeira decisão pelo título europeu, times se reencontram renovados

Porto Velho, RO - Quatro anos depois, Real Madrid e Liverpool voltarão a se enfrentar numa decisão de Champions. Desde a partida em Kiev, que acabou sendo a despedida de Cristiano Ronaldo do time espanhol, até o novo confronto valendo o título europeu, os dois times seguiram caminhos diferentes na gestão do futebol. Ambos levaram até a partida marcada para o dia 28, no Stade de France.

Os espanhóis renovaram a equipe titular na carona da saída do craque português. Outros nomes de peso daquela geração foram deixando o vestiário merengue e ocasionando oscilações no desempenho do Real. Saíram também Varane e Sergio Ramos, Marcelo virou reserva. Cinco titulares na vitória sobre o Manchester City começaram a final de quatro anos atrás: Carvajal, Casemiro, Kroos, Modric e Benzema.

A manutenção do trio de meio de campo é fundamental para entender a fluidez do jogo da equipe. Benzema assumiu o protagonismo no ataque e o Real Madrid deixou de ser uma coleção de astros tão grande para contar com o destaque de jogadores mais jovens, em ascensão, casos de Vini Jr. e Rodrygo.

Essa é uma diferença relevante na construção das duas equipes ao longo desses quatros anos. O Liverpool também se renovou, cinco titulares de 2018 começaram a partida contra o Villarreal, terça-feira: Alexander-Arnold, Van Dijk, Robertson, Mané e Salah.

Manteve praticamente a mesma linha defensiva, uma das mais fortes da Europa, com a dupla de atacantes africanos que jogam há cinco anos no mais alto nível. Gastou mais que o Real na reposição de peças, investiu menos em promessas e mais em jogadores mais prontos, casos do português jota e do colombiano Díaz. Contratou o consagrado Thiago Alcântara para ser a mente pensante no meio de campo.

As mexidas na comissão técnica mostram também níveis diferentes de estabilidade que os clubes oferecem aos treinadores. Klopp perdeu a final em 2018 por 3 a 1, decisão que começou a ser definida quando Sergio Ramos lesionou Salah ainda aos 30 minutos do primeiro tempo.

Mesmo com a decepção, dos Reds e própria, seguiu à frente do Liverpool. Conseguiu na sequência o título europeu e, até mais importante, o campeonato inglês, acabando com jejum de 30 anos.

Já o Real Madrid, mesmo com alguns resultados, positivos, não conseguiu ter trabalhos duradouros. Julen Lopetegui ficou apenas quatro meses no cargo, sucedido por Santiago Solari (cinco meses) e Zinedine Zidane (duas temporadas). O francês, mesmo com um título espanhol nessa última passagem, não teve sequência e os dirigentes foram atrás de Carlo Ancelotti.

O Real Madrid chega à 17ª decisão de Champions de sua história. Tentará nada menos que o 14º título. É o recordista absoluto, tanto de conquistas quanto de presenças em finais. O Milan, com sete títulos europeus, é o segundo maior vencedor do continente.

Enfrentará na decisão outro peso pesado na competição, com nove finais e seis títulos.

Jogadores do Liverpool afirmaram, logo depois da classificação contra o Villarreal, que preferiam enfrentar outro time espanhol na sequência, um desejo de revanche declarado com o Real. Terão a chance de buscar o que querem.

O histórico entre as equipes não é favorável aos ingleses. Na temporada passada, Liverpool e Real se encontraram nas quartas de final da Champions. Deu Real Madrid com tranquilidade, no pior período dos Reds na era Klopp.


Fonte: O GLOBO

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