Sem mencionar papel da unidade na invasão ao território ucraniano, líder russo elogia 'heroísmo, coragem e firmeza' de seus militares
Porto Velho, RO — O presidente russo, Vladimir Putin, condecorou uma brigada militar que participou da ocupação de Bucha, cidade nos arredores de Kiev, onde teriam, de acordo com autoridades ucranianas, cometido graves abusos contra a população civil, incluindo execuções sumárias, estupros e tortura.
“Pelo heroísmo, coragem e firmeza demonstradas pelo pessoal da brigada em operações de combate para proteger a Pátria e os interesses do Estado em conflitos armados, decido atribuir o nome honorário ‘Guardas’ à 64ª brigada de fuzileiros motorizados”, escreveu Putin no decreto, divulgado nesta segunda-feira.
Segundo o governo da Ucrânia, a brigada teve participação direta em ataques e violações cometidas contra a população civil, incluindo estupros, torturas e execuções sumárias — cerca de 350 corpos foram retirados de valas coletivas, muitos com as mãos amarradas, afirmam autoridades locais.
A cidade também foi parcialmente destruída pela artilharia, antes de ser abandonada pelos militares russos, no dia 30 de março, como parte da retirada de tropas dos arredores de Kiev e da decisão de concentrar as forças no Leste do país.
Pouco depois, começaram a surgir os relatos de abusos, e a palavra “genocídio” vem circulando com mais frequência entre autoridades ucranianas e líderes aliados — no começo do mês, o presidente americano Joe Biden defendeu a criação de um tribunal de crimes de guerra para punir os responsáveis pela violência em Bucha.
— Depois das descobertas dos massacres em Bucha e em outras cidades, a guerra tomou um rumo diferente, então não falei com ele desde então, mas não descarto fazê-lo no futuro — disse, em entrevista à TV France 5, o presidente francês Emmanuel Macron.
As denúncias também praticamente congelaram as conversas entre Moscou e Kiev sobre um cessar-fogo, que vinham dando sinais tímidos de avanços até então.
“Putin concedeu o título honorário de ‘guarda’ por ‘heroísmo e coragem’ à brigada presente em Bucha. Foi pelo assassinato de crianças e o estupro de crianças?”, escreveu, no Twitter, um dos conselheiros do presidente Volodymyr Zelensky e chefe da equipe de negociadores, Mikhailo Podoloyak.
Moscou vem negando ter responsabilidade em ataques contra civis, creditando a violência aos próprios ucranianos e acusando Kiev e a imprensa ocidental de “encenarem” as imagens de corpos espalhados pelas ruas.
Porto Velho, RO — O presidente russo, Vladimir Putin, condecorou uma brigada militar que participou da ocupação de Bucha, cidade nos arredores de Kiev, onde teriam, de acordo com autoridades ucranianas, cometido graves abusos contra a população civil, incluindo execuções sumárias, estupros e tortura.
“Pelo heroísmo, coragem e firmeza demonstradas pelo pessoal da brigada em operações de combate para proteger a Pátria e os interesses do Estado em conflitos armados, decido atribuir o nome honorário ‘Guardas’ à 64ª brigada de fuzileiros motorizados”, escreveu Putin no decreto, divulgado nesta segunda-feira.
Segundo o governo da Ucrânia, a brigada teve participação direta em ataques e violações cometidas contra a população civil, incluindo estupros, torturas e execuções sumárias — cerca de 350 corpos foram retirados de valas coletivas, muitos com as mãos amarradas, afirmam autoridades locais.
A cidade também foi parcialmente destruída pela artilharia, antes de ser abandonada pelos militares russos, no dia 30 de março, como parte da retirada de tropas dos arredores de Kiev e da decisão de concentrar as forças no Leste do país.
Pouco depois, começaram a surgir os relatos de abusos, e a palavra “genocídio” vem circulando com mais frequência entre autoridades ucranianas e líderes aliados — no começo do mês, o presidente americano Joe Biden defendeu a criação de um tribunal de crimes de guerra para punir os responsáveis pela violência em Bucha.
— Depois das descobertas dos massacres em Bucha e em outras cidades, a guerra tomou um rumo diferente, então não falei com ele desde então, mas não descarto fazê-lo no futuro — disse, em entrevista à TV France 5, o presidente francês Emmanuel Macron.
As denúncias também praticamente congelaram as conversas entre Moscou e Kiev sobre um cessar-fogo, que vinham dando sinais tímidos de avanços até então.
“Putin concedeu o título honorário de ‘guarda’ por ‘heroísmo e coragem’ à brigada presente em Bucha. Foi pelo assassinato de crianças e o estupro de crianças?”, escreveu, no Twitter, um dos conselheiros do presidente Volodymyr Zelensky e chefe da equipe de negociadores, Mikhailo Podoloyak.
Moscou vem negando ter responsabilidade em ataques contra civis, creditando a violência aos próprios ucranianos e acusando Kiev e a imprensa ocidental de “encenarem” as imagens de corpos espalhados pelas ruas.
Na semana passada, Putin disse que as notícias vindas de Bucha eram “falsas” e as comparou às denúncias de crimes supostamente cometidos pelos russos durante a intervenção militar na Síria, iniciada em 2016.
O decreto não traz detalhes sobre a atuação da brigada homenageada — ela está originalmente baseada na região de Khabarovsk, no Extremo Oriente russo, e foi a quarta do tipo a receber a honraria do presidente russo, que voltou a fazer elogios aos seus militares.
“As ações habilidosas e decisivas de todo o pessoal na operação militar na Ucrânia são um exemplo de execução do dever militar, coragem, determinação e grande profissionalismo”, escreveu Putin.
Fonte: O GLOBO
O decreto não traz detalhes sobre a atuação da brigada homenageada — ela está originalmente baseada na região de Khabarovsk, no Extremo Oriente russo, e foi a quarta do tipo a receber a honraria do presidente russo, que voltou a fazer elogios aos seus militares.
“As ações habilidosas e decisivas de todo o pessoal na operação militar na Ucrânia são um exemplo de execução do dever militar, coragem, determinação e grande profissionalismo”, escreveu Putin.
Fonte: O GLOBO