
Porto Velho, RO - O presidente da França, Emmanuel Macron, conseguiu se reeleger com folga, vencendo sua oponente Marine Le Pen por cerca de 17 pontos porcentuais. Contudo, a eleição francesa traz dois alertas de importância global: o desgaste dos partidos tradicionais da direita e da esquerda e a ascensão de extremistas.
A extrema direita obteve recorde de votos nestas eleições: mais de 40%. Foi um crescimento substancial com relação à disputa presidencial de 2017, na qual Le Pen obteve cerca de um terço do total. E mais do que o dobro do que seu pai, Jean-Marie Le Pen, conquistou em 2002, da primeira vez que esse grupo ideológico chegou ao segundo turno de uma eleição à Presidência da República.
A ascensão de Le Pen contrasta com o declínio dos partidos que dominaram a política da França após a Segunda Guerra Mundial. Os socialistas, força majoritária da esquerda, implodiram. Há duas eleições não conseguem sequer 5% dos votos — em 2022, nem mesmo 2%. Perderam apoio para novos movimentos progressistas, como a França Insubmissa, de Jean-Luc Mélenchon.
No campo conservador, os seguidores do ideário do general De Gaulle, agora agrupados na sigla Republicanos, tiveram menos de 5%. Ficaram atrás não só de Le Pen como também de seu rival ainda mais radical, Éric Zémmour, que conseguiu 7% com uma campanha de críticas a imigrantes e à religião islâmica. Le Pen fez um esforço para moderar o discurso e mobilizar parcela mais ampla do eleitorado, sobretudo por propostas para problemas econômicos como desemprego e inflação.
Há cinco anos, Macron se apresentava como renovação, à frente de um partido recém- criado e como o mais jovem chefe de Estado da França desde Napoleão Bonaparte. Mas seu novo mandato se iniciará menos pela esperança e mais por eleitores que viram nele a única alternativa a um governo de extrema direita.
Muitos franceses não querem nenhuma das duas opções: a soma das abstenções, nulos e brancos superou um terço do eleitorado, a mais alta desde a eleição de 1969. Um percentual mais alto do que os votos que Macron e Le Pen tiveram no primeiro turno.
Fonte: O GLOBO
A extrema direita obteve recorde de votos nestas eleições: mais de 40%. Foi um crescimento substancial com relação à disputa presidencial de 2017, na qual Le Pen obteve cerca de um terço do total. E mais do que o dobro do que seu pai, Jean-Marie Le Pen, conquistou em 2002, da primeira vez que esse grupo ideológico chegou ao segundo turno de uma eleição à Presidência da República.
A ascensão de Le Pen contrasta com o declínio dos partidos que dominaram a política da França após a Segunda Guerra Mundial. Os socialistas, força majoritária da esquerda, implodiram. Há duas eleições não conseguem sequer 5% dos votos — em 2022, nem mesmo 2%. Perderam apoio para novos movimentos progressistas, como a França Insubmissa, de Jean-Luc Mélenchon.
No campo conservador, os seguidores do ideário do general De Gaulle, agora agrupados na sigla Republicanos, tiveram menos de 5%. Ficaram atrás não só de Le Pen como também de seu rival ainda mais radical, Éric Zémmour, que conseguiu 7% com uma campanha de críticas a imigrantes e à religião islâmica. Le Pen fez um esforço para moderar o discurso e mobilizar parcela mais ampla do eleitorado, sobretudo por propostas para problemas econômicos como desemprego e inflação.
Há cinco anos, Macron se apresentava como renovação, à frente de um partido recém- criado e como o mais jovem chefe de Estado da França desde Napoleão Bonaparte. Mas seu novo mandato se iniciará menos pela esperança e mais por eleitores que viram nele a única alternativa a um governo de extrema direita.
Muitos franceses não querem nenhuma das duas opções: a soma das abstenções, nulos e brancos superou um terço do eleitorado, a mais alta desde a eleição de 1969. Um percentual mais alto do que os votos que Macron e Le Pen tiveram no primeiro turno.
Fonte: O GLOBO