Marcas mais caras 'somem' nos supermercados, e empresas mudam embalagens para não prejudicar vendas

Marcas mais caras 'somem' nos supermercados, e empresas mudam embalagens para não prejudicar vendas

Estratégia busca adaptação a mudanças no carrinho do consumidor, pressionado pela inflação

Porto Velho, RO - As grandes marcas e redes de supermercados decidiram mexer em seu portfólio, a fim de acompanhar as mudanças no carrinho dos consumidores provocadas pela inflação, há seis meses na casa dos 10%, considerando o acumulado em 12 meses. 

A guerra na Ucrânia agrava o quadro inflacionário, que está com tendência de alta.

As gôndolas passaram a dar destaque a rótulos mais baratos, e muitas vezes desconhecidos, além dos de marca própria. Itens mais acessíveis foram para as prateleiras do alto, à altura dos olhos do comprador, e os mais caros desceram, ou até sumiram.

Basta percorrer alguns mercados para ver a mudança. Em uma rede na Zona Norte do Rio, as tradicionais marcas de sabão em pó deram lugar à linha própria do estabelecimento. 

O mesmo com alguns tipos de biscoito. Em outra, também na Zona Norte, havia apenas um rótulo de açúcar refinado à disposição.

Pelo lado das empresas, a Nestlé, por exemplo, vem adaptando o tamanho de suas porções, e a P&G criou embalagens maiores, mais econômicas. 

O Carrefour investiu na marca própria e congelou preços. E a rede paranaense Condor ampliou o mix de produtos mais em conta e tirou das gôndolas vinhos e chocolates que não tinham saída devido ao preço salgado.

No Rio, mais de 80% dos supermercados substituíram marcas caras por outras que pesam menos no bolso em alimentação, higiene e limpeza, conforme levantamento feito em janeiro pela Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj).

— Há hoje três fatores que apertam a renda dos brasileiros: a inflação, o desemprego e as dívidas. Tudo isso pressiona o consumidor a escolher itens mais baratos — diz Guilherme Mercês, consultor da Asserj.

— Isso se reflete diretamente na forma como os produtos são oferecidos e como são dispostos nas gôndolas.


Fonte: O GLOBO

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