Servidores fantasmas, sertanejos lotados na CLDF são alvo da polícia

Servidores fantasmas, sertanejos lotados na CLDF são alvo da polícia


Denúncias indicam que a dupla foi paga com verba pública para divulgar Daniel Donizet durante as apresentações

Porto Velho, RO - Uma dupla sertaneja de Brasília acordou com a polícia na porta de casa na manhã desta terça-feira (14/12). Os cantores, que se identificam como Marcelo Paiva e Santiago (foto principal), são suspeitos de ser funcionários fantasmas do gabinete do deputado distrital Daniel Donizet (PL).


Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências dos artistas e de outros servidores da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), no âmbito da Operação Melinoe, revelada pela coluna. Além da apurar se funcionários assinam folhas de ponto sem trabalhar, os policiais também investigam esquema de “rachadinha”, quando o colaborador devolve parte do salário para o parlamentar.



Servidores da CLDF são investigados

Denúncias indicam que a dupla foi paga com verba pública para divulgar Daniel Donizet durante as apresentações e que, raramente, aparecia no gabinete. A baixa qualificação profissional também chamou a atenção por ser desproporcional aos proventos recebidos. Um deles recebeu salário líquido de R$ 13,4 mil.

No decorrer das buscas, policiais civis e promotores de Justiça localizaram uma grande quantidade de notas de real, euro e dólar. Parte da quantia estava em envelopes timbrados da CLDF. Segundo os investigadores, foram apreendidos, aproximadamente, R$ 110 mil em espécie. A polícia não divulgou o endereço no qual o dinheiro foi encontrado.


Confira o vídeo divulgado pela dupla:


Entenda

A operação foi deflagrada pela Delegacia de Repressão à Corrupção (Drcor/Decor) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Peritos criminais da Seção de Perícias de Informática (SPI) e da Seção de Perícias de Crimes de Alta Tecnologia (Spcat) do Instituto de Criminalística (IC) também participam da ação.

Polícia apura fraude em folha de ponto, rachadinha e faz busca na CLDF

A investigação teve início em 2019, após denunciantes informarem que alguns servidores do gabinete parlamentar não exerciam suas funções e repassavam parte de suas remunerações ao parlamentar por meio do chefe de gabinete.


Deputado Daniel Donizet CLDF


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