ELEIÇÕES 2022: Briga no ninho tucano chega a níveis críticos

ELEIÇÕES 2022: Briga no ninho tucano chega a níveis críticos


A 6 dias das prévias do PSDB, João Doria e Arthur Virgílio se unem contra Eduardo Leite para evitar adiamento da reunião que escolherá o candidato da legenda

O governador de São Paulo, João Doria, e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, ambos concorrentes à indicação do PSDB para a Presidência da República, se uniram contra o terceiro postulante, o governador Eduardo Leite, em nota que repudia a proposta de adiamento das prévias, marcadas para daqui a seis dias.

O tom duro do documento sinaliza o acirramento da disputa, que promete deixar sequelas e já abala as relações internas na legenda.

Ambos tacharam o adiamento das prévias de “imoral e inaceitável” e classificaram a iniciativa de “casuísmo eleitoral”. “A experiência adotada pelo PSDB oferece inúmeras alternativas confiáveis para a realização das eleições no prazo acordado, ou seja, 21 de novembro” – declaram. E concluem: “Eleições não se adiam. Eleições se realizam”.

Por meio de rede social, Leite desmentiu que pretenda o adiamento. E reagiu ao ataque dos correligionários e adversários. "Não procede a informação de que nossa campanha tenha proposto adiar as prévias do PSDB", publicou.

"Não faz sentido postergarmos a decisão em um processo no qual trabalhamos com absoluta confiança na vitória. Queremos todos os filiados com o app em mãos e decidindo o futuro do PSDB no dia 21."

O episódio marca o pior momento da crise interna que se instalou no ninho tucano desde que os dois governadores e o ex-prefeito iniciaram a disputa pela indicação partidária. E é o mais grave sinal até aqui de que a legenda caminha para o racha e provavelmente encontrará dificuldades para a reunificação após as prévias.

O cenário compromete as chances do partido de viabilizar uma candidatura de terceira via, em alternativa à polarização entre Bolsonaro e Lula.

O PSDB vive a continuação do declínio político a partir da sequência de derrotas eleitorais nas disputas pelo Planalto – situação que teve o auge no pífio desempenho de Geraldo Alckmin em 2018.

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