Bolsonaro
não conseguiu levar ao Rio governadores que estiveram com ele na
Avenida Paulista, em janeiro, como o de Minas, Romeu Zema (Novo), e o de
Goiás, Ronaldo caiado (União).
Porto Velho, RO.
Não foi apenas o público ontem que esteve abaixo de outros atos
promovidos por Jair Bolsonaro. O peso do palanque também diminuiu em
Copacabana em relação às manifestações anteriores promovidas pelo
ex-presidente. Ao decidir usar sua presença para promover candidaturas
do PL às próximas eleições municipais, Bolsonaro não conseguiu levar ao
Rio governadores que estiveram com ele na Avenida Paulista, em janeiro,
como o de Minas, Romeu Zema (Novo), e o de Goiás, Ronaldo caiado
(União).
Em comum, eles são de partidos diferentes do
ex-presidente e podem ter candidatos às capitais de seus Estados
distintos dos escolhidos pelo PL, a sigla de Bolsonaro. Os dois únicos
governadores que estiveram na orla de Copacabana foram o do Rio, Cláudio
Castro, e o de Santa Catarina, Jorge Mello. Todos do PL. Não só. Até
mesmo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que
a exemplo de Bolsonaro deve apoiar na capital a reeleição do prefeito
Ricardo Nunes (MDB), não compareceu ao ato.
Um dos principais
aliados de Bolsonaro, Tarcísio foi a principal ausência. Sua presença
era considerada certa pela organização do evento na véspera. Até ontem, o
chefe do Executivo paulista não explicara a razão de não ter ido no
domingo de sol a Copacabana.
O governador limitou-se a divulgar
um vídeo em suas redes sociais pouco depois do fim da manifestação,
parabenizando Bolsonaro pelo evento e afirmando que o ex-presidente
"sempre" poderá contar com ele. "Esse mar verde amarelo é um
reconhecimento das transformações que a gente viu acontecer na gestão de
@jairbolsonaro", escreveu no X (antigo Twitter) e também no Instagram.
Ele prosseguiu: "(Bolsonaro) é mais que a maior liderança brasileira, é
um movimento cada dia mais forte e que seguirá levando multidões por
onde passar. Mais um grande dia!" Nenhuma palavra, portanto, que
explicasse sua ausência no Rio.
O governador de Minas - outro que
esteve em janeiro na Avenida Paulista - justificou sua falta, afirmando
que o ato coincidia com o feriado de Tiradentes, dia 21 de abril. Minas
Gerais promove anualmente a solenidade da Medalha da Inconfidência, em
que o governador condecora os homenageados com a maior honraria
estadual.
Caiado, que busca viabilizar sua candidatura a
presidente no União Brasil, também não atendeu ao pedido dos
organizadores da manifestação, onde teria de dividir o palanque com o
deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), pré-candidato à prefeitura de
Goiânia.