EDITORIAL DO SITE TUDORONDONIA AO GOVERNADOR CONFÚCIO MOURA

EDITORIAL DO SITE TUDORONDONIA AO GOVERNADOR CONFÚCIO MOURA

Da editoria do TUDORONDONIA

Honestamente, não há como não dispensar, neste momento, um olhar atento ao “ataque” do governador Confúcio Moura ao problema da saúde. “Peguei a saúde como o primeiro eito. Devido a sua complexidade ataquei o que me escandaliza”, escreveu ele em seu já famoso Blog.

Evidente que a eventual instalação de um hospital de campanha do Exército ao lado do João Paulo II está longe de, pelo menos, mitigar o horror de que será tomado quem quer que percorra aqueles corredores atulhados de enfermos com rostos crispados pela dor.

Do mesmo modo, sempre esteve claro que a visita realizada àquele circo de horrores pelo governador Confúcio Moura e sua equipe jamais se prestou ao esclarecimento de qualquer dos seus integrantes quanto à realidade do que ali se tem passado.

Se a nenhum rondoniense medianamente informado é dado o direito de ignorar o colapso do sistema público de saúde de Estado a partir da sua unidade mais atroz e emblemática, não seria justamente um médico recém-saído de uma campanha eleitoral – em que a questão foi amplamente explorada - que se daria ao desplante de tentar nos convencer que, se não tivesse visto o que narrou após a tal visita, dificilmente teria razões para se dizer surpreso e escandalizado.

E, no entanto, o governador Confúcio Moura não apenas comandou a visita ao João Paulo II, mas fez questão de ampliar as cenas por lá testemunhadas, ilustrar sua narrativa com os lamentos que ali ouviu e servir-se disso tudo para encaminhar às autoridades federais o pedido de instalação de um hospital de campanha do Exército ali pelas cercanias.

Tudo encenação, concluirá acertadamente o leitor.

Mas vai precisar de uma desmesurada má fé e muito azedume para emendar isso com a intenção de fazer demagogia ou promover a enganação.

Com o teatro e a simbologia que conseguiu construir para chamar a atenção de todos para uma mazela de cuja amplitude ninguém mais ignorava, a ponto de começar a nos assediar uma incômoda banalização do assunto, Confúcio Moura terá avançado muito mais na direção de um enquadramento adequado da questão do que por intermédio de qualquer abordagem mais convencional.

Médico, Confúcio Moura sabe mais do que ninguém que não vai ser um hospital de campanha que descongestionará a fila das cirurgias ortopédicas do João Paulo – para ficar apenas nesse aspecto solitário. Mas é a força simbólica de uma instalação dessa natureza que vai conferir credibilidade à sua declarada “guerra contra o caos na saúde de Rondônia”.

Bem medido e bem pesado, o que o governador Confúcio Moura está fazendo é nada mais nada menos do que um esforço de mobilização. Todas as suas ações, que numa análise ligeira podem até parecer demagogia, convergem para isso, pois é disso que mais precisa para enfrentar o imenso e complexo desafio que se propôs confrontar.

Provocados pelas escolhas do governador Confúcio Moura, os primeiros resultados, se não foram ainda suficientes para tirar os doentes do chão no João Paulo II, já estão aí, na forma de repercussão país afora, significando mais do que o primeiro passo sem o qual não se encara uma longa caminhada.

Embora a imprensa nacional esteja se ocupando de Rondônia pelas razões de sempre, expondo o que nos incomoda, pela primeira vez essa abordagem tende a um retorno, senão de benefícios diretos, com certeza em forma de solidariedade e apoio de que tanto a “guerra do Confúcio” vai precisar.

Por essas, honestamente, não há como negar apoio ao governador Confúcio Moura neste momento.

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